
Pode-se dizer que as Competências Gerais explicitam que cidadãos a BNCC deseja formar e que sociedade eles deverão ser capazes de construir.
Além do próprio preparo do professor e de um novo olhar para sua prática, outro aspecto relevante para o trabalho com as Competências Gerais é o ambiente da escola. Para contribuir com o desenvolvimento delas, as escolas precisam ser instigantes e acolhedoras, tanto no que diz respeito à estrutura física, quanto ao clima.
Estamos vivendo um momento de grandes mudanças com o avanço da Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT), robótica e programação que têm aberto novos caminhos e perspectivas para o desenvolvimento de uma aprendizagem dinâmica. Da mesma forma, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), fica determinado que as tecnologias são competência de ensino. E os professores, como ficam nessa história?
O contato com o outro será a porta de entrada para que os alunos possam construir, descontruir e reconstruir a aprendizagem, numa espiral de conhecimento, seja com o objeto de estudo ou como o exercício da docência. A mediação pedagógica assume novo enfoque, no qual o professor exerce o papel de orientador e incentivador – tornando-se parceiro do aluno e instigando-o a compartilhar e refletir. Os desafios são grandes nessa troca e o uso de metodologias ativas se torna essencial na de resolução de problemas.
Metodologias ativas que promovam o desenvolvimento integral dos estudantes requerem móveis mais flexíveis, que possam ser arrumados de diferentes maneiras para além das carteiras enfileiradas; espaços diversificados, incluindo salas multiuso, áreas verdes, quadras de esporte, laboratórios de ciências e salas de artes; recursos também variados, inclusive computadores e objetos digitais de aprendizagem.
O clima da escola é outro aspecto fundamental para o desenvolvimento de competências mais relacionadas ao autoconhecimento, autoestima e autoconfiança, bem como à empatia, colaboração e valorização da diversidade. Capacidades como autonomia, tomada de decisão, ética, responsabilidade e cidadania também são positivamente impactadas quando a escola cria oportunidades para que os estudantes discutam, participem e se corresponsabilizem pela própria gestão escolar.
Uma escola que promove relações mais saudáveis entre gestores, professores estudantes e familiares também gera situações mais favoráveis ao desenvolvimento de todas as Competências Gerais, tanto por estimular que todos trabalhem de forma mais animada e colaborativa para o alcance dos objetivos educacionais pretendidos, quanto por prover a confiança necessária para que os alunos se disponibilizem a ir mais fundo no seu próprio processo de formação.
Para promover a educação integral dos estudantes, a escola ganha reforço adicional quando consegue estabelecer parcerias com outros agentes do seu entorno, especialmente aqueles que podem prover espaços, atividades ou serviços que complementam as suas ações em áreas como saúde, assistência social, cultura, esporte e desenvolvimento socioambiental, por exemplo.
Fonte:Nova Escola
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