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24/10/2018

MAIORES DE 50 ANOS INGRESSAM NO ENSINO SUPERIOR



Mais de 70 mil pessoas com 50 anos ou mais ingressaram no ensino superior

A plataforma Quero Bolsa analisou os dados do Censo da Educação Superior 2017, recém divulgados pelo Inep, que mostram cursos a distância e de formação de tecnólogos como preferidos

É cada vez maior a presença de adultos com 50 anos ou mais nos cursos superiores oferecidos no Brasil. Estimulados pela forte elevação do ensino a distância (EaD), milhares de brasileiros retomaram os estudos em 2017, ano em que mais de 73 mil pessoas nessa faixa etária deram início ao curso superior, sendo que 66% optaram pela modalidade EaD.

O dado foi levantado pelo Quero Bolsa, principal plataforma de inclusão de estudantes no ensino superior, com base no Censo Nacional da Educação Superior 2017, cujos microdados acabaram de ser divulgados e permitiram o recorte. Entre 2010 e 2017 este perfil de aluno cresceu 73,6%, sendo que houve um avanço de 162% entre os que se matricularam em cursos a distância contra uma alta de 9,82% na modalidade presencial.

Desde 2014, último ano de forte oferta de contratos de financiamento estudantil (Fies), tem caído o número de alunos nessa faixa etária em cursos presenciais, ao mesmo tempo que o total de matriculados em EaD superou pela primeira vez o de alunos presenciais e continuou em forte crescimento.


Fonte: Quero Bolsa/Inep

A opção por cursos para formação de tecnólogos também se mostra uma importante tendência entre os mais velhos. A taxa de crescimento de matrículas entre alunos a partir dos 50 anos é o dobro da registrada entre as licenciaturas (formação de professores) e bacharelados. Enquanto o total de matriculados saltou de 9.266, em 2010, para 19.671, em 2017, alta de 112,3%, as licenciaturas passaram de 13.658 alunos para 22.805, no mesmo período. O crescimento foi de 67%. Por sua vez, os cursos de bacharelado, que ainda atraem a maioria dos alunos, cresceu num ritmo inferior. Foi de 18.868 para 30.311, uma variação de 60,6%.



Fonte: Quero Bolsa/Inep

“A flexibilidade de horário é um fator importante para esta parcela dos estudantes que já tem família e carreira no mercado de trabalho. Além disso, a menor duração de um curso de tecnólogo, de 18 a 24 meses, e o valor menor das mensalidades também ajudam a explicar porque os alunos mais velhos acabam optando pela modalidade EaD”, explica Marcelo Lima, diretor de relações institucionais do Quero Bolsa.

O executivo acrescenta ainda que por já estarem inseridos no mercado de trabalho, estes alunos buscam nestes cursos oferecidos em plataforma EaD a chance de progredir na carreira, obtendo uma qualificação em menos tempo e tornando-se aptos a pleitearem promoções. “Como não há diferença entre os diplomas de cursos presenciais e a distância e o mercado de trabalho não faz distinção entre o aluno que frequentou uma sala de aula ou fez seu curso online, estes profissionais acabam optando pela solução mais prática para se qualificarem e progredirem em suas carreiras”, completa Lima. (Fonte:Quero Bolsa)

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