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11/03/2019

DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES

Plataforma detecta que diferença salarial entre homens e mulheres pode chegar a 44,90%

Ao analisar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre profissões e salários, a área de Inteligência da plataforma Quero Bolsa detectou um resultado surpreendente: estudar mais melhora a renda de homens e mulheres, mas não garante a igualdade salarial entre ambos.

Na véspera do Dia Internacional da Mulher a notícia não é motivo de comemoração. Em 2018, segundo o mais recente dado do Caged, a renda média mensal dos trabalhadores contratados para funções com exigência de nível superior foi de R$ 3.756,84 para homens e R$ 2.592,65 para mulheres. Uma diferença de 44,90% a favor dos homens. Quando analisada a média salarial entre os gêneros de trabalhadores com até ensino médio completo, a diferença foi de 10,89%, com homens ganhando R$ 1.570,89 e mulheres com R$ 1.416,60 por mês.

Ingressar na faculdade, sem dúvida, ajuda homens e mulheres a aumentarem seus ganhos. Na prática, mais anos de estudo aumentou 139,15% a renda dos homens e 83,02% a das mulheres.

Mas a constatação é de que em todos os estados a média salarial dos homens é maior do que a das mulheres. As diferenças mais significativas foram registradas no Maranhão (33,30%), Sergipe (29,99%) e Bahia (29,37%), enquanto Roraima (4,74%), São Paulo (6,69%) e Pernambuco (11,45%) são as localidades onde homens e mulheres têm os salários mais próximos entre si.

Diferença salarial entre gêneros, por estado, dos trabalhadores com nível superior
Fonte: Quero Bolsa, com dados do Caged 2018
EstadoSalário Médio MasculinoSalário Médio FemininoVariação Percentual
RoraimaR$2.015,12R$1.923,954,74%
São PauloR$3.919,43R$3.673,746,69%
PernambucoR$2.908,92R$2.610,1111,45%
CearáR$2.881,87R$2.561,6712,50%
ParaíbaR$2.229,65R$1.945,0614,63%
AmapáR$2.346,45R$2.038,9815,08%
Espírito SantoR$2.944,96R$2.558,2515,12%
Rio de JaneiroR$4.283,24R$3.696,4315,88%
Minas GeraisR$3.057,88R$2.626,4916,42%
Distrito FederalR$3.737,34R$3.192,9217,05%
ParanáR$3.043,61R$2.592,5517,40%
Rio Grande do NorteR$2.251,19R$1.917,0817,43%
GoiásR$2.852,64R$2.407,9718,47%
AlagoasR$2.821,73R$2.355,2919,80%
AcreR$2.296,81R$1.885,7221,80%
Santa CatarinaR$3.180,49R$2.578,2923,36%
Mato Grosso do SulR$2.818,66R$2.284,4623,38%
Rio Grande do SulR$3.269,03R$2.635,5124,04%
TocantinsR$2.895,09R$2.290,3826,40%
PiauíR$2.225,59R$1.758,1326,59%
ParáR$3.174,41R$2.497,4127,11%
Mato GrossoR$3.097,19R$2.414,9328,25%
RondôniaR$2.506,31R$1.941,2029,11%
AmazonasR$3.487,63R$2.697,6929,28%
BahiaR$3.384,73R$2.616,4229,37%
SergipeR$2.603,91R$2.003,2129,99%
MaranhãoR$3.141,98R$2.357,0533,30%
Fonte: Quero Bolsa, com dados do Caged 2018

Os salários médios pagos a homens e mulheres e as respectivas diferenças percentuais entre eles podem ser consultados diretamente na plataforma Quero Bolsa, no Guia de Profissões e Salários. A nova funcionalidade do site foi desenvolvida para ajudar na tomada de decisão de estudantes de acordo com a média salarial da profissão que pretendem seguir organizada por estado, mas também se revelou uma importante fonte de informação para o público em geral.

Ao todo foram avaliados os salários médios pagos a homens e mulheres em 600 ocupações com contratações no País ao longo de 2018, segundo o Caged. Destas, apenas 90 apresentaram diferença superior a 5% favorável às mulheres. As ocupações onde mulheres ganham mais do que homens se concentram nas áreas de educação e saúde. Já os salários oferecidos aos homens foram pelo menos 5% maiores em 357 ocupações. Outras 153 profissões tiveram diferenças salariais inferiores a 5%, o que pode ser considerada igualdade salarial.

A diferença máxima a favor das mulheres foi de 68,97% para a ocupação Diretor de Instituição Educacional Pública, com 232 contratações de profissionais do sexo feminino e 62 do sexo masculino. Na outra ponta, a maior diferença salarial a favor dos homens foi de 182,58% para a ocupação Diretor de Redação (Jornalismo), com 35 contratações femininas e 41 masculinas.

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