DESENVOLVIMENTO SOCIAL: DESAFIOS AO ESTADO E À EDUCAÇÃO

A globalização neoliberal promove a captura da democracia.
É também um projeto de determinado setor da elite norte-americana, sendo a crise atual um produto das crises que esta elite produz ao levar a economia/sociedade para o capitalismo extremo, resultando em inequidade extrema, pela concentração de propriedades dos meios de produção.
A privatização da democracia resulta num sistema que opera em favor de determinados setores da sociedade.
Os poderosos (econômicos) dominam a administração do Estado e a administração em nível internacional.
Dessa forma, a ONU não pode ser considerada um organismo democrático, pois é subordinada à dinâmica do capital.
Ocorre um redesenho da governança com expansão massiva do capital global, também por meio da internet.
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ONU) são determinados por um tipo de governança e gestão que favoreçam as Parcerias Público-Privadas (PPP).
Assim, tem uma dimensão privatizada, pois funcionam para os interesses particulares, como agentes do setor privado que passam para a gestão pública e depois retornam (mecanismo de porta giratória), como por exemplo a LIDE (J. Dória).
Outro exemplo seria a CHEVRON, cujo julgamento é (ideologicamente) a favor da empresa.
Mesmo os governos populares de coalização podem ser entendidos como uma relação de promiscuidade, numa privatização da democracia.
Programas como o FIES e PROUNI são benefícios operados pelos privados. Houve 180 fusões na área de educação, com concentração do poder econômico.
Pode-se considerar que desde 2013 houve um amadurecimento da insatisfação dos setores médios com as políticas sociais, como educação e saúde, não satisfatoriamente atendidos, em que se sentem relegados, tendo sido deixados à mercê do mercado e não foram atendidos nem pelo público, nem pelo privado/mercado.
(Anotações da palestra do Simposista 3 – Gonzalo Berrón (Coletivo Vigência/Plataforma Dhesca), no VI SEB, cujo tema do Simpósio II foi DESENVOLVIMENTO SOCIAL: DESAFIOS AO ESTADO E À EDUCAÇÃO, em dezembro/2018).