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12/07/2025

SAÚDE: CAMINHADA, SONO E ALZHEIMER, HÁBITOS QUE TIRAM A ALEGRIA

 Estudo demonstra que caminhar de 10 segundos a 4 minutos é mais benéfico à saúde.

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer.

Dra. Marianna Magri, médica, diz: “Pessoas que dormem depois das 22h tendem a perder janela de ouro”.

Você tem mais de 70 anos? Evite esses hábitos que tiram sua alegria.

06/07/2025

ENVELHECER

 Envelhecer não é fácil.

É um processo silencioso de despedidas.
Você precisa aprender a andar mais devagar,
não apenas com os pés, mas com a alma.
É preciso dizer adeus a quem você foi um dia,
e ter coragem de olhar nos olhos da pessoa que se tornou.

Fazer aniversário nem sempre é celebração.
Às vezes é confronto.
Você vê um novo rosto no espelho e tenta reconhecê-lo.
O corpo muda, o tempo desenha marcas onde antes havia pressa.
E você precisa aprender a caminhar com dignidade,
a carregar a história nas costas sem vergonha,
sem medo do que os outros vão dizer,
sem pedir desculpas por ainda estar aqui.

Envelhecer exige desapego.
De ideias, de pessoas, de versões suas que já não voltam.
Deixar ir quem não quer mais ficar.
Deixar ficar quem escolhe permanecer.

É aprender a não esperar dos outros aquilo que você precisa encontrar dentro de si.
É despertar sozinho, dia após dia,
e tentar se reconhecer naquele reflexo que parece mais distante a cada manhã.

É aceitar que alguns ciclos terminaram.
Que alguns amores se foram.
Que algumas dores não voltam — mas também, não somem.
É lembrar de quem partiu, com amor e saudade.
E chorar, se for preciso,
até esvaziar por dentro, até lavar a alma por inteiro.

Porque só assim, depois do pranto mais fundo,
é que voltam os sorrisos.
Voltam os pequenos encantos.
Nascem outras esperanças.
E novos desejos encontram espaço no coração.

Envelhecer não é o fim.
É um outro começo, mais sereno, mais real, mais inteiro.
E apesar de tudo, ainda é vida.
E onde há vida, há sempre algo por florescer.

05/09/2022

MEDICINA, SAÚDE E SOCIEDADE: GENES E HÁBITOS ALIMENTARES, EXERCÍCIOS FÍSICOS, ENVELHECIMENTO, ESTILO DE VIDA, EDIÇÃO DE DNA, AÇÚCAR NO SANGUE, ALZHEIMER, LEITURA DA MENTE

Genes influenciam preferências por Hábitos alimentares. Saiba mais.

Neurologista explica como exercícios físicos podem prevenir doenças cerebrais. Leia aqui.

O futuro passou: Pandemia faz Brasil envelhecer uma década mais cedo. Clique aqui para ler.

Mudanças no estilo de vida ou medicamentos? Dois cientistas discutem a longevidade. Leia mais.

Cientistas acabaram de editar geneticamente um milhão de anos de evolução em DNA de camundongo. Saiba como.

Aprenda a reconhecer sinais de alerta para excesso de açúcar no sangue. Clique aqui.

Segredo da juventude: água-viva imortal pode ajudar a frear o envelhecimento humano. Saiba mais.

Em poucos anos, a maioria dos casos de Alzheimer será em países como o Brasil', diz neurologista. Leia aqui.

Tecnologia de “leitura da mente” traduz ondas cerebrais em fotos. Saiba como.


05/07/2018

DE REPENTE 60 (ou 2x30)



Regina de Castro Pompeu, terceira colocada no Prêmio Longevidade Bradesco de Jornalismo, Histórias de Vida, com o texto "De repente, 60":

Ao completar sessenta anos, lembrei do filme? De repente 30?, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.

Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade.

Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?

Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco!Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.

Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!

Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.

Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.

Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.

Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e empeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).

Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões,vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas.

Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.

Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.

Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos).

Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo.

Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim...

Mas, do que é que eu estava falando mesmo?

Ah, sim, dos meus sessenta.

Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar ?Tranquilidade Pós-Menopausa?

Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!

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