INTRODUÇÃO:
Num contexto político e institucional marcado pela definição da investigação como “um dos principais motores do crescimento econômico e da competitividade”, consoante é afirmado pelo projeto de criação de um “Espaço Europeu de Investigação”, a pesquisa em Ciências da Educação em Portugal é confrontada com problemas novos e de assinalável impacto. As tensões entre investigação e prestação de serviços, entre crítica e expertise, entre criatividade e utilidade, entre outras, parecem avolumar- -se, no quadro do que alguns já designaram por “capitalismo acadêmico”, com a correspondente emergência do investigador-empreendedor, agindo em ambiente de concorrência e procurando responder funcionalmente a novos problemas sociais. A educação, conceito em acelerado processo de mutação, que de resto se arrisca a ser politicamente representado como arcaico e substituído por conceitos alternativos, poderá, no limite, vir a ser transformada num campo de intervenção de competentes profissionais da inovação e da indústria do conhecimento, reduzidos à prestação de serviços e subordinados às agendas do Estado, dos sectores privados e de toda a sorte de financiadores. Urge, portanto, discutir as orientações de natureza política, epistemológica e pragmática que afetam a investigação e os investigadores em Ciências da Educação, em contexto nacional e internacional, bem como avaliar os problemas próprios deste campo, as suas potencialidades e as perspectivas futuras que se encontram em aberto.
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