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22/02/2019

CLIPPING EDUCACIONAL

MATÉRIAS DE HOJE

Governo promete pente-fino em questões do Enem que abordem ideologia de gênero

GAZETA DO POVO – 21/02/2019 – SÃO PAULO, SP
O banco de questões do exame será avaliado por uma comissão criada por Bolsonaro

Escolas são fundamentais para incentivar leitura, diz escritora

AGÊNCIA BRASIL – 20/02/2019 – BRASÍLIA, DF

Conceição Evaristo defende também valorização de experiências de vida

MEC repassa R$ 132 milhões às instituições federais de ensino vinculadas à pasta

REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG
A maior parte dos valores, R$ 97,63 milhões, será repassada às universidades federais, incluindo repasses para hospitais universitários
Professora brasileira é Top 10 do Global Teacher Prize

PORVIR – 21/02/2019 – SÃO PAULO, SP
Débora Garofalo, professora de tecnologia e robótica em escola pública em São Paulo (SP), fica mais perto do prêmio de US$ 1 milhão

Gabaritos do Enade 2018 já estão disponíveis no site do Inep


UOL EDUCAÇÃO – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP
O Enade 2018 foi aplicado em 25 de novembro do ano passado para 461,8 mil estudantes.

Inep lança 3ª Edição do Glossário dos Instrumentos de Avaliação Externa da Educação Superior


REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG
A perspectiva é que o Glossário continue sendo atualizado e aperfeiçoado

MEC vai rever texto da base de formação de professores


AGÊNCIA BRASIL – 20/02/2019 – BRASÍLIA, DF
Em nota, o MEC informou que `quer ter ciência e participar ativamente do processo de formulação da Base`, acrescentando que somente após analisar o texto decidirá se fará ou não alterações.

Jovem baiano passa em universidade nos EUA após bolsa de consultoria


TERRA EDUCAÇÃO – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP
Crimson Education seleciona novo estudante para receber suporte de consultores especializados

Olimpíada de Língua Portuguesa abre inscrições para sexta edição


REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG
A Olímpiada prevê a realização, com orientação dos professores inscritos, de oficinas de produção de texto com os alunos do quinto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio

Filme “Eleições” fala sobre potência democrática do grêmio estudantil


PORTAL APRENDIZ – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP
“A gente acredita na escola. No potencial que ela tem. No potencial que vocês alunos também tem”

Com inovação, turma de fundamental avança em leitura e matemática

PORVIR – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP
Professora de São José dos Pinhais (PR) conta como resgatou o interesse dos alunos com novas metodologias e uso de tecnologia

ProUni: resultado da segunda chamada está disponível na internet

AGÊNCIA BRASILIA – 20/02/2019 – BRASÍLIA, F
Os pré-selecionados têm até o dia 27 para fazer a matrícula.

Reitores discutem melhorias para a Região Norte

REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG
A CAPES já deu o primeiro passo para dar voz ao norte do Brasil: incluiu em seu regimento a participação de um representante da região na composição do Conselho Superior

EDITORIAIS, ARTIGOS E OPINIÕES

Suspensões não impedem violência nas escolas

GAZETA DO POVO – 21/02/2019 – SÃO PAULO, SP
MATÉRIAS
Governo promete pente-fino em questões do Enem que abordem ideologia de gênero

JOSÉ CRUZ - AGÊNCIA BRASIL - GAZETA DO POVO – 21/02/2019 – SÃO PAULO, SP

O governo Jair Bolsonaro (PSL) vai criar uma comissão especial para fazer uma análise ideológica do banco de questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O principal alvo será a retirada de itens que abordem ideologia de gênero. Uma portaria do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo exame, será publicada nos próximos dias para criar a comissão.

O presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues, disse que a comissão vai buscar neutralidade das questões da prova. Esse trabalho estaria na esteira de uma revisão de todos os processos dentro do instituto.

Segundo Rodrigues, a abordagem do tema de gênero não é pertinente para uma prova. `Quando a gente fala em gênero, acho que não cabe a escola tratar disso. Cabe à família tratar disso. Eu não teria como sugerir uma questão que são de assuntos familiares. Eu posso fazer uma medição, uma boa redação, para atestar se o aluno tem ou não condições de seguir na vida profissional sem buscar um tema que venha a agredir ou não estar de acordo com alguns valores`, disse.

Segundo educadores, a abordagem educacional sobre questões de identidade gênero pode colaborar com o combate a problemas como gravidez na adolescência, violência contra mulher, machismo e homofobia.

Essa é a primeira medida oficial do governo para modificar conteúdos educacionais. O Enem é porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país. Na última edição, 5,5 milhões de jovens e adultos se inscreveram no exame.

O Enem é direcionado para a jovens concluintes do ensino médio, de 17 anos, ou que já finalizaram a etapa. Na última edição, mais de um terço dos inscritos tinham entre 21 e 30 anos.

“Pajubá”

Uma questão do Enem 2018, que citava um dialeto utilizado por gays e travestis, foi amplamente criticada, tanto por políticos, como educadores e estudantes. `Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto`, disse Bolsonaro em novembro.

O presidente já indicou que quer ver a prova antes, iniciativa endossada pelo presidente do Inep. Mas a ideia da comissão, no entanto, é que o próprio banco de itens do exame passe por um pente-fino.

Banco de itens

Também não há definição sobre os critérios que vão nortear a análise das questões. `É natural que tenhamos um conhecimento e segurança da qualidade do Banco de itens`, diz Rodrigues.

O Banco Nacional de Itens é formado por questões que passam por rigoroso processo de produção. Uma única questão prevê dez etapas, que envolvem desde o treinamento de professores à revisão dos itens por parte de especialistas das áreas de conhecimento.

Os itens passam ainda por um pré-teste, que é a aplicação das questões a uma amostra populacional com características semelhantes a do público-alvo do Enem. Essa é uma forma empírica de avaliar parâmetros, tais como a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade de acerto ao acaso da questão.


Escolas são fundamentais para incentivar leitura, diz escritora

POR MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASIL – 20/02/2019 – BRASÍLIA, DF

Escolas e professores têm papel fundamental no incentivo à escrita e à leitura, afirmou a escritora mineira Conceição Evaristo, primeira homenageada na Olimpíada de Língua Portuguesa.

`A escola e os professores têm responsabilidade grande, principalmente quando se pensa em escola pública, em que a maioria dos estudantes vem de classes populares, em que grande parte dos alunos vai ter contato com o objeto livro ou ter possibilidade de leitura e escrita na escola. A escola tem que ser um lugar que propicia essa atividade, e não um lugar que iniba essa atividade`, disse hoje (20) Conceição, ao participar da cerimônia de lançamento do sexto concurso.

Voltada para professores e estudantes de escolas públicas de todo o país, a Olimpíada de Língua Portuguesa incentiva a produção literária. O tema deste ano é O lugar onde Vivo.

Para Conceição, valorizar as experiências de vida dos estudantes é o primeiro passo para incentivar a escrita. `A escrita é uma experiência sobre tudo que você aprendeu, tudo que escutou, tudo que leu, tudo que observou, tudo que vive. Ela não parte do nada`, afirmou a escritora. `Se a escola valorizar esses lugares como lugares importantes na vida e experiência do aluno, ela vai despertar [neles] esse desejo de escrita`, acrescentou.

Segundo especialistas, a língua portuguesa é uma dos grandes gargalos da aprendizagem brasileira. De acordo com os últimos dados do Ministério da Educação, cerca de 70% dos estudantes que concluíram o ensino médio no país não aprenderam nem mesmo o considerado básico em português. Na prática, isso significa que muitos brasileiros deixam a escola provavelmente sem conseguir reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal em uma reportagem.

Ler para escrever

A escritora considera a leitura essencial para reverter esse quadro. `Um dos elementos que podem bloquear [a escrita] é a falta de leitura`, ressaltou Conceição. `O excesso de leitura – estou falando da possibilidade de leitura em grande quantidade – provoca o desejo de escrita.`

Para ler, é preciso ter acesso aos livros. O Censo Escolar do ano passado mostrou que pouco mais da metade (51,2%) das escolas do país têm bibliotecas ou salas de leitura. Entre as escolas públicas, o percentual é 45,7% e, entre as particulares, 70,3%. Pela Lei 12.244/2010, todas as escolas do país devem ter biblioteca até 2020. A lei determina que as bibliotecas tenham, no mínimo, um livro para cada aluno matriculado.

O resultado desse cenário é averiguado na última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, lançada em 2016, segundo a qual os brasileiros leem, em média, 4,96 livros por ano – apenas 2,43 por inteiro. Os demais são lidos em partes. Além disso, a pesquisa mostra que 44% não leram nenhum livro nos três meses anteriores à aplicação do questionário.

Entre aqueles que leem mais, as mães ou responsáveis do sexo feminino são apontadas como incentivadoras desse hábito por 15% dos entrevistados. Os professores aparecem em segundo lugar, citados por 10% dos que participaram da pesquisa.

Inscrições abertas

A Olimpíada de Língua Portuguesa é um concurso de produção de textos para alunos de escolas públicas de todo o país. Podem participar professores da rede pública e seus alunos do 5º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. É uma iniciativa do Ministério da Educação e do Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de abril, na internet.

Esta é a primeira edição que conta com uma homenageada. Militante do movimento negro, a escritora Conceição Evaristo nasceu em 1946, em uma favela de Belo Horizonte. É formada em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em literatura brasileira pela PUC-RJ e doutora em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Conceição Evaristo foi também homenageada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado. Publicou Ponciá Vivêncio, seu primeiro romance, em 2003. É autora ainda de Becos da Memória e Insubmissas Lágrimas de Mulheres.

MEC repassa R$ 132 milhões às instituições federais de ensino vinculadas à pasta

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - MEC - REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG

O Ministério da Educação liberou, no último dia 18, o montante de R$ 132,71 milhões em recursos financeiros às instituições federais de ensino vinculadas à pasta. Os recursos serão aplicados na manutenção, custeio e pagamento de assistência estudantil, entre outros.

A maior parte dos valores, R$ 97,63 milhões, será repassada às universidades federais, incluindo repasses para hospitais universitários. Já a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica receberá R$ 34,64 milhões. O restante, R$ 440 mil, será repassado ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), ao Instituto Benjamin Constant (IBC) e à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Este ano, o MEC autorizou o repasse de R$ 611,86 milhões para as instituições federais vinculadas à pasta, incluindo o que foi destinado ao pagamento de despesas das universidades e institutos federais, do Instituto Nacional de Surdos, do Instituto Benjamin Constant e da Fundação Joaquim Nabuco.

Professora brasileira é Top 10 do Global Teacher Prize

POR VINÍCIUS DE OLIVEIRA - PORVIR – 21/02/2019 – SÃO PAULO, SP

A professora Débora Garofalo, que leciona matérias de tecnologia e robótica na EMEF Almirante Ary Parreiras, em São Paulo (SP), está entre os 10 melhores professores do mundo e vai a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 24 de março, para a cerimônia de anúncio do vencedor do Global Teacher Prize, prêmio de US$ 1 milhão concedido pela Varkey Foundation. A divulgação do Top 10 foi feita nesta quarta-feira (20) pelo ator australiano Hugh Jackman, famoso pelo trabalho como Wolverine nos filmes dos X-Men.

Em um vídeo divulgado pela organização do prêmio, Jackman comparou professores a super-heróis: “Quando era criança, havia muitos super-heróis que eu queria ser. Mas posso dizer agora, de onde estou, com toda a minha experiência, que os verdadeiros super-heróis são professores – são eles que mudam o mundo”.

Logo em seguida, Débora comemorou em sua página no Facebook: “Uma alegria imensa (em lágrimas de felicidades). Em questão de segundo um filme pela cabeça, um trabalho intenso de anos, em uma das maiores comunidades de São Paulo e o ensino de programação e Robótica consolidado, pautado em uma educação humanizadora e sustentável, que permite pelo protagonismo que os alunos intervenha na comunidade e na sociedade. Um caminho para alavancar a aprendizagem, permitindo que a experimentação e o mão na massa invadam as salas de aula do mundo. Uma grande responsabilidade, ser a primeira mulher brasileira e sul-americana a estar na final, rompendo alguns tabus e mais do que isso, mostrar que temos de valorizar os professores e oportunizar que participem das políticas públicas. O caminho está só começando, gratidão por tanto carinho, pela minha linda família, aos meus queridos alunos e ex alunos (vocês são minha essência), aos pais, a comunidade, a gestão e aos professores do Ary, a todos meus amigos, ao querido Jayse Antonio que nos inspira tanto e aos top 50 professores incríveis. Seguimos!

Débora Garofalo, a professora finalista

O trabalho de Débora foi reconhecido entre mais de 10 mil candidatos de 179 países. Em suas aulas com estudantes de 6 a 14 anos, a professora usa material de sucata e busca fomentar o protagonismo do aluno a partir da aprendizagem criativa, das experiências e conhecimentos prévios dos alunos e do uso reflexivo das tecnologias.

Uma mostra deste trabalho pode ser encontrada no relato que a professora Débora Garófalo enviou ao Porvir em 2016 e foi publicado na seção Diário de Inovações. “Quando assumi a sala de informática, os alunos só queriam jogar, mas com o passar do tempo, mostrei pra eles que o laboratório tem outras finalidades, e que o computador não é um instrumento final, mas faz parte do processo”, contou a professora.

Outros professores do Top 10

Completam a lista de finalistas professores de Argentina, Austrália, Estados Unidos, Geórgia, Holanda, Índia, Japão, Quênia e Reino Unido. São docentes com experiências diversas, que lecionam em áreas remotas em cidades grandes, que defendem a inclusão e o direito das crianças, que integram imigrantes e atuam pelo desenvolvimento de habilidades por meio de música, tecnologia, robótica e ciências.

Andrew Moffat: professor de educação para saúde pessoal e social da escola comunitária Parkfield Community School, em Birmingham, no Reino Unido. Desenvolve o programa “No outsiders”, focado em inclusão e diversidade.

Daisy Mertens: professora polivalente que aposta na personalização do ensino em suas aulas na escola comunitária De Vuurvogel, em Helmond, na Holanda. A instituição possui 440 alunos de 30 nacionalidades diferentes.

Swaroop Rawal: professora de habilidades para a vida, na escola de ensino fundamental Lavad Primary School, em Gujarat, na Índia. Para desenvolver o autoconhecimento, Swaroop adota técnicas de teatro, música e jogos.

Hidekazu Shoto: professor de inglês e de tecnologia na escola de ensino fundamental Ritsumeikan Primary School, em Kyoto, no Japão. Acredita que é possível aprender um novo idioma sem ter que viajar para o exterior, por isso usa jogos como Minecraft e conferências via Skype

Martin Salvetti: chefe de estudos automotivos e formação profissional para adultos, na Escola de Educação Secundária N°5 “2 de Abril” em Buenos Aires, na Argentina. Sua metodologia se destaca por projetos mão na massa que envolvem todos os alunos.

Melissa Salguero: professora de música na escola de ensino fundamental P.S.48 Joseph R Drake, no Bronx, em Nova York, nos Estados Unidos. Na escola, 59% dos alunos são de baixa renda e Melissa levantou fundos para conseguir instrumentos e iniciar um programa de música.

Peter Tabichi: professor de matemática e física na escola rural de ensino fundamental Keriko Secondary School, em Nakuru, Quênia. A instituição tem 1 computador para cada 58 alunos, que precisam caminhar 7 km por estradas acidentadas para assistir às aulas.

Vladimer Apkhazava: professor de educação moral e cívica da Escola Pública Chibati, de Tbilisi, na Geórgia. Muitos de seus alunos trabalham desde cedo para sustentar suas famílias. Para atacar o problema, deu início a um programa de participação democrática e abertura da escola aos interesses dos alunos

Yasodai Selvakumaran: professora de história, sociedade e cultura na escola de ensino médio Rooty Hill High School, Nova Gales do Sul, na Austrália, onde ajuda alunos a superar preconceitos.

Outro brasileiro entre os 50 finalistas
Jayse Ferreira, da Escola de Referência em Ensino Médio Frei Orlando, em Itambé (PE), ficou entre os 50 finalistas. Em suas aulas, ele trabalha a valorização das diversas etnias dos alunos por meio de fotografias e também estimula a produção audiovisual em suas aulas.

A premiação em 2018
Em 2018, a professora britânica de arte Andria Zafirakou conquistou oprêmio Global Teacher Prize. O brasileiro Diego Mahfouz Faria Lima ficou entre os 10 melhores.

Gabaritos do Enade 2018 já estão disponíveis no site do Inep

DA AGÊNCIA BRASIL - UOL EDUCAÇÃO – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP
Estão disponíveis para consulta e download os gabaritos do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) 2018 e os padrões de resposta das questões discursivas no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O Enade 2018 foi aplicado em 25 de novembro do ano passado para 461,8 mil estudantes.

As provas foram aplicadas em estudantes formandos nas áreas de ciências sociais aplicadas, ciências humanas e em cinco áreas de cursos superiores de tecnologia. No site do Inep, os participantes podem também fazer download dos Cadernos de Questões das 27 áreas de graduação avaliadas no ano passado.

Os estudantes tiveram quatro horas para responder uma prova de 40 questões, sendo dez itens de formação geral, comum aos cursos de todas as áreas, e 30 questões de componente específico. A prova de formação geral teve duas questões discursivas e oito de múltipla escolha, enquanto a de componente específico teve três questões discursivas e 27 de múltipla escolha.

O Enade é o principal componente para o cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior. A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos superiores. A avaliação se repete a cada três anos. O exame é obrigatório para os estudantes que estão concluindo esses cursos de graduação, e a situação de regularidade do estudante no exame deve constar em seu histórico escolar.

Foram avaliados estudantes concluintes dos cursos de bacharel nas áreas de: Administração Pública, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Design, Comunicação Social - Jornalismo, Psicologia, Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Serviço social, Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Design de Interiores, Tecnologia em Design de moda, Tecnologia em Design Gráfico, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Gestão Comercial, Tecnologia em Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Gestão Pública, Tecnologia em Logística, Tecnologia em Marketing, Tecnologia em Processos Gerenciais, Tecnologia em Recursos Humanos, Teologia e Turismo.

Inep lança 3ª Edição do Glossário dos Instrumentos de Avaliação Externa da Educação Superior

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - INEP - REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG

O Glossário dos Instrumentos de Avaliação Externa está atualizado: 19 termos foram incluídos ou revisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela avaliação dos cursos e Instituições de Educação Superior. A 3ª Edição do Glossário está disponível no Portal do Inep desde quarta-feira, 20 de fevereiro. De forma rápida, o Glossário permite encontrar significados de termos relevantes para pesquisas relacionadas à educação superior brasileira.

O Glossário foi lançado em 2017, quando a Coordenação-Geral de Avaliação dos Cursos de Graduação e Instituições de Ensino Superior (CGACGIES), da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (DAES), iniciou um ciclo de transformações. Consolidadas em 2018, as mudanças abrangem desde a mudança na legislação até a reestruturação completa dos Instrumentos de Avaliação Externa.

Anteriormente, cada instrumento tinha um glossário anexado. Após a reformulação dos instrumentos, no final de 2017, foi necessário atualizar o conteúdo. Verbetes foram acrescentados, uma revisão dos termos relevantes e seus significados foi realizada e novas formas foram desenhadas para favorecer o acesso e a consulta. O conteúdo, então, foi unificado em um glossário único, no início de 2018, e disponibilizado no Portal do Inep.

A perspectiva é que o Glossário continue sendo atualizado e aperfeiçoado. A participação do público interessado em avaliação da educação superior é bem-vinda. A proposta é que o material seja atualizado a cada trimestre para que os leitores possam acompanhar o grande conjunto de mudanças nos procedimentos, instrumentos e na releitura da legislação referentes à avaliação in loco de responsabilidade do Inep.

Glossário dos Instrumentos de Avaliação Externa

MEC vai rever texto da base de formação de professores
POR MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASIL – 20/02/2019 – BRASÍLIA, DF

O Ministério da Educação (MEC) decidiu rever o texto da Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica, elaborado na gestão do ex-presidente Michel Temer, encaminhado em dezembro do ano passado para o Conselho Nacional de Educação (CNE).

Em nota, o MEC informou que `quer ter ciência e participar ativamente do processo de formulação da Base`, acrescentando que somente após analisar o texto decidirá se fará ou não alterações.

O documento orientará a formação de professores em licenciaturas e cursos de pedagogia em todas as faculdades, universidades e instituições públicas e particulares de ensino do país. O texto apresentando no ano passado, entre outras questões, estabelece que essa formação deverá ser mais voltada para a prática e orientada por competências.

De acordo com o texto enviado ao conselho, desde o primeiro semestre do curso de graduação os futuros professores deverão ter atividades práticas em uma escola, pelo menos uma vez por semana. Cada faculdade ou instituição de ensino deverá ser associada a uma ou mais escolas de educação básica. A base traz sugestões de modificação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), para que seja anual e sirva como habilitação à docência.

Histórico

A Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica faz parte de uma série de mudanças que deverão ocorrer desde o ensino infantil até o ensino médio do Brasil. O MEC homologou em 2017 e 2018 respectivamente a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Infantil e Fundamental e a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio. Os documentos estabelecem o mínimo que deve ser ensinado em todas as escolas do país, públicas e particulares.

A base para a formação dos professores pretende adequar o que é ensinado nas universidades ao que os novos docentes deverão aplicar nas salas de aula. A nova base deverá conversar com resolução aprovada também pelo CNE e homologada pelo MEC em 2015. Entre outras medidas, a resolução estabelece que a formação dos professores será mais longa e mais voltada à prática em sala de aula.

Jovem baiano passa em universidade nos EUA após bolsa de consultoria

DA REDAÇÃO - TERRA EDUCAÇÃO – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP

O número de brasileiros estudando no exterior bateu o recorde. Em 2017 foram 302 mil alunos, o que representa um crescimento de 23% em relação ao ano anterior, de acordo com Pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). Para estimular ainda mais esse movimento, a Crimson Education do Brasil vai oferecer gratuitamente a preparação de um jovem que almeja fazer a graduação em uma das mais disputadas faculdades dos EUA ou do Reino Unido.

O processo de admissão das universidades estrangeiras, o application, é altamente competitivo. Além de burocrático, exige que os candidatos tenham uma postura acadêmica forte, criativa, capaz de liderar e mudar o mundo. “O Brasil tem milhares de estudantes brilhantes com essas características, mas que não sabem como fazer nem por onde começar a preparação, então vamos ajudá-los nessa etapa”, explica Laila Parada, gerente da consultoria educacional no país e ex-aluna de Harvard.

O ganhador do programa terá apoio de consultores especializados, que vão auxiliar desde a preparação até o envio de candidaturas para até dez instituições dos EUA e/ou Reino Unido, selecionadas de acordo com o perfil do aluno e a carreira pretendida. A mentoria inclui 20 horas de tutoria particular para provas padronizadas como o SAT, ACT e TOEFL e orientação para solicitar bolsa por mérito e auxílio financeiro nas faculdades desejadas. O programa vai durar de março de 2019 até agosto de 2020, quando o aluno inicia os estudos no exterior.

Jovens de todo o país podem se inscrever no processo seletivo, uma vez que a orientação é remota. “Por meio de tecnologia, conseguimos conectar uma rede mundial de mais 2.300 profissionais oriundos das 30 melhores universidades do mundo aos estudantes brasileiros”, esclarece a executiva.

Para se candidatar, exige-se estar cursando o último ano do Ensino Médio ou ter se formado em dezembro de 2018, com notas altas ao longo do curso. É fundamental, ainda, ter nível de inglês fluente ou avançado, perfil de liderança e engajamento em atividades extracurriculares. Os interessados devem preencher a ficha de pré-inscrição no site do programa e seguir as etapas de avaliação, que incluem redação, até 14 de março.

Bolsista da primeira edição aprovado em universidade dos EUA

Este é o segundo ano que a Crimson Education promove o programa no Brasil. Em 2018, o jovem Gabriel Cunha, de 18 anos, foi o felizardo. Formado no SESI Djalma em Salvador, ele passou pela consultoria por um ano. Em janeiro recebeu a notícia da primeira aprovação: na University of Evansville, em Indiana, onde há a possibilidade de estudar Ciências Políticas. Antes de preparar as malas, o estudante aguarda, esperançoso, o retorno de mais oito candidaturas que saem no mês de março, especialmente da Wake Forest University e da Dartmouth College, universidade da Ivy League.

“Tive contato com profissionais muito experientes para todas as etapas do application – desde o trabalho com as essays até o preparo para as provas. Ser bolsista me conectou a uma vasta gama de recursos e materiais que foram muito além do que esperava de uma mentoria”, diz Cunha.

Sobre a Crimson Education

Fundada em 2013, a consultoria educacional e internacional oferece suporte especializado na preparação de alunos para que sejam aceitos nas melhores universidades dos EUA e Reino Unido. Presente em 20 países, contabiliza mais de 460 aprovações nas 50 melhores universidades dos EUA. No último ano, 99% dos alunos foram aceitos em uma ou mais das suas primeiras opções de universidade. www.crimsoneducation.org.

Olimpíada de Língua Portuguesa abre inscrições para sexta edição

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - MEC - REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG

Estão abertas, a partir desta quarta-feira, 20, as inscrições para a 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP). Lançada pela Fundação Itaú Social e Ministério da Educação, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a OLP tem o objetivo de apoiar os professores da rede pública no aprimoramento das práticas de ensino de leitura e escrita.

A Olímpiada prevê a realização, com orientação dos professores inscritos, de oficinas de produção de texto com os alunos do quinto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. A partir daí, a competição passa por várias etapas, municipais, estaduais e regionais, até se chegar aos 32 estudantes vencedores na etapa nacional. Os professores também recebem prêmios. O tema do concurso é O lugar onde vivo, um estímulo à reflexão sobre as realidades locais. Os professores das redes públicas estaduais e municipais podem se inscrever até 30 de abril.

Novidades – Uma novidade em 2019 é que a Olimpíada de Língua Portuguesa vai homenagear a escritora Conceição Evaristo. Outra novidade é a inclusão do gênero textual documentário para alunos do primeiro e segundo anos do ensino médio. As demais categorias são poema (quinto ano), memórias literárias (sexto e sétimo), crônica (oitavo e nono) e artigo de opinião (terceiro ano do ensino médio). Os professores também participam do concurso por meio do relato de prática, no qual registram suas experiências com a realização das oficinas, descrevendo aprendizagens, descobertas, desafios e reflexões.

Há também novidades entre as premiações, que passam a incluir imersão pedagógica internacional para os professores e viagem cultural em território brasileiro para os estudantes. As escolas dos alunos vencedores receberão como prêmio acervo para reforço da biblioteca.

Inscrição – Para que professores e alunos participem da OLP, é necessário que a secretaria de educação à qual sua escola é vinculada – municipal ou estadual – faça a inscrição por meio do Portal Escrevendo o Futuro.

Após a realização das oficinas, as escolas terão até 19 de agosto para encaminhar os textos às comissões julgadoras. Para apoiar os professores no desenvolvimento das atividades, o programa fornece material formativo com conteúdos criados para serem incorporados ao planejamento do ano escolar, sem fugir ao cotidiano da sala de aula.

Finalistas – Francisco Alves Quirino, 18 anos, de Afogados da Ingazeira (PE), foi um dos finalistas da OLP em 2014, e está iniciando o primeiro semestre como aluno do curso de gestão de políticas públicas, na Universidade de Brasília (UnB). “Fui finalista no gênero crônica e fiquei em segundo lugar com meu texto sobre a vida na feira de Afogados da Ingazeira. Descrevi os frequentadores da feira, moradores da minha região. Escrevi também sobre a fé das pessoas. Foi muito importante participar da olimpíada para ter contato com textos de outros estudantes de todo o Brasil. Adquiri mais conhecimento e experiência e acredito que o impacto foi muito positivo na minha educação”, afirmou.

A professora do Centro de Ensino 05, de Taguatinga (DF), Gabriela Maria de Oliveira Gonçalves, que participou de todas as edições, ressaltou a importância da Olimpíada de Língua Portuguesa para professores e alunos. “Mudou minha prática de ensino na sala de aula. Foi um ganho significativo para mim. Participar de uma olimpíada desenvolve muito a escrita do aluno. Para mim se criou sequência didática, que são oficinas de como se trabalhar os gêneros. O aluno que é classificado tem uma mudança positiva na vida e na elaboração dos textos, além da visão do mundo. Todos que participam ganham uma experiência enorme que vão levar para a vida inteira.”

Acesse o portal Escrevendo o Futuro

Filme “Eleições” fala sobre potência democrática do grêmio estudantil

CECÍLIA GARCIA - PORTAL APRENDIZ – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP

No começo do ano letivo, a Escola Estadual Doutor Alarico Silveira, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, entra em um estado fervilhante de democracia: são as eleições do grêmio estudantil, grupo formado por estudantes que representa seus pares na relação com o corpo docente e a administração escolar.

Em 2018, ano também de eleição fora dos muros da escola, quatro chapas concorreram: Chapa Rosa, Mais Diversidade, PAS e Chapa Identidade. Cada uma trazia reivindicações diferentes, desde organizar mais saídas para espaços culturais da cidade até debater sobre ouvir funk na hora do intervalo.

O filme está disponível na plataforma Videocamp e estreará em cinemas de algumas capitais brasileiras a partir de 14 de março

“A gente acredita na escola. No potencial que ela tem. No potencial que vocês alunos também tem”, anunciou uma das integrantes da chapa Rosa em comício. Essa cena e outras estão presentes no documentário Eleições, da diretora Alice Riff e produzido a partir do edital Videocamp de Filmes 2017.

A primeira exibição do filme aconteceu dia 19 de fevereiro no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo. No debate que aconteceu na sequência, a diretora contou o que a motivou a voltar suas lentes para essa disputa democrática dentro do espaço escolar. “Me interessava muito saber o que aconteceu depois do movimento dos secundaristas e também o por quê de pesquisas mostrarem a taxa altíssima de jovens votando nulo e branco, não se sentindo representados na política.”

Grêmios e a reinvenção da democracia

Após a exibição do filme, foram convidadas para um debate profissionais de diferentes áreas de educação: Raquel Franzim, assessora pedagógica da Diretoria de Educação e Cultura da Infância do Instituto Alana, Jane Reolo da Silva, mestre em educação, e Ingrid Fernandes, ex-integrante do coletivo Mal Educado e participante das ocupações secundaristas.

Em seu depoimento, Ingrid ressaltou que o movimento ajudou a reavivar o papel do grêmio dentro do espaço escolar. “Muitos grêmios eram falsos, com nomes enviados para a Secretaria de Educação, mas sem que estudantes fizessem uso ativo, participativo e democrático desse espaço. O movimento secundarista os tornou mais vivos”.

Para Raquel, mais do que reproduzir um sistema político externo à escola, com cargos similares como tesoureiro, o grêmio estudantil reinventa e questiona o sistema, provocando uma discussão sobre democracia que deve ser perene.

“A escola é um espaço de cultura viva e o filme mostra isso. Diante da revelia de políticas, de ordens, e de formas negativas de se imaginar a escola, os jovens criam e recriam culturas”. A especialista também apontou que, na organização do grêmio, é praticado o diálogo como forma de resolução de conflito.

O grêmio que pula os muros da escola

As alunas da chapa Rosa, composta somente por meninas, tinham como uma de suas pautas o desejo de voltar a colocar som durante o recreio. No filme, é possível acompanhar como elas dialogam com outros estudantes, como escutam e opinam junto ao corpo administrativo, e também se organizam para entender como dialogar com os vizinhos, que foram os que pediram pela extinção do som.

Para Alice, essa situação exemplifica que, contrariando o senso comum do jovem que não se importa com nada, há uma juventude interessada em buscar soluções para problemas de seu entorno e comunidade.

“Pode parecer despolitizado, por ser uma reivindicação de ouvir funk no recreio, mas é o contrário. A luta deles é importante e nós, enquanto adultos, temos que proteger os ambientes para que essas lutas possam ocorrer.”

O filme também mostra como é difícil envolver escola com território ao seu redor. A escola Doutor Alarico Silveira tem grande parte de seus alunos oriunda da Favela do Moinho, última comunidade remanescente do centro da cidade. “Existe uma diferença no modo como os alunos da comunidade se relacionam com a escola. Ela precisa trabalhar esse território”, aponta a diretora do filme.

Foram justamente estes alunos, segundo a cineasta, que menos se aproximaram durante as filmagens. Em contrapartida, foram os que mais se manifestaram durante assembleias gravadas nos filmes, debatendo questões como a violência praticada pela ronda escolar.

“Pensar a relação da escola com a comunidade é uma construção da democracia. Essa experiência não acontece somente no grêmio estudantil. Tem que ser feita diariamente, em pequenas doses, conversando com as unidades de saúde do bairro, com os vizinhos, com as moças que preparam a comida.”

Com inovação, turma de fundamental avança em leitura e matemática

POR PAULA GERARDUCI - PORVIR – 20/02/2019 – SÃO PAULO, SP

Trabalho há cinco anos na Escola Municipal Irmã Maria Eufrásia Torres, em São José dos Pinhais (PR). Comecei na alfabetização e depois passei a desenvolver atividades no Mais Educação [programa do governo federal que amplia a jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da educação integral]. Caí de paraquedas na área de tecnologia, mas aos poucos fui me encantando.

Quando desenvolvi meu primeiro projeto, que basicamente era fazer um motor rodar de um lado para o outro, fiquei tão extasiada que decidi levar isso para as crianças. Trabalhei com quatro turmas no Mais Educação, mas ano passado assumi o desafio de voltar para a sala de aula com uma turma do quarto ano do ensino fundamental que era considerada bem fraca.

O nível de aprendizado da turma era muito baixo por conta do comportamento. Eles tinham muita dificuldade de leitura, escrita de fazer continhas. Era muito triste, eu não acreditava naquilo. Achava que o professor deveria ter um papel de transformação, então sabia que precisava encontrar uma forma de motivar as crianças. Foi aí que eu comecei a levar inovações para dentro da sala de aula.

Os alunos eram a minha motivação e eu, a deles. Era uma troca dentro da sala de aula. Quando apresentei a eles a proposta de trabalhar com tecnologia, eles começaram a pesquisar estratégias. Como a gente não tinha muitos recursos na escola e a comunidade tinha uma renda baixa, eles deram a ideia de usar carregadores de celular como fonte de energia para os projetos de robótica.

Em uma realidade com poucas perspectivas, comecei a trabalhar muito com eles a possibilidade de empreender e de pensar em uma profissão. Acho essencial que eles saibam que os protótipos e brinquedos que estão construindo nas atividades de robótica podem ser considerados uma verdadeira produção.

Primeiramente, pensamos em algum objeto que queremos construir. A partir dessa ideia, vamos para a segunda etapa que consiste em desenhar. Aqui consideramos toda a parte estética do protótipo porque a ideia é que ele possa ser vendido depois. Por último, vem a construção. Quando a gente precisava mudar a forma de fazer um motor funcionar, eu passava dias e noites vendo vídeos até conseguir uma alternativa para ajudar as crianças.

A parte da robótica teve início quando minha turma participou de uma feira em São José dos Pinhais e muita gente passou a conhecer o nosso trabalho. A comunidade ficou impressionada porque era uma produção feita por crianças e totalmente pensada para brincar.

Também começamos a produzir programas de rádio para trabalhar vários gêneros textuais. A escola tinha poucos materiais e eu cheguei a usar o meu próprio celular para gravar um telejornal.

Durante o ano, recorri a recursos gratuitos como o editor de áudio Audacity e o Scratch, linguagem de programação para crianças criada pelo Media Lab do MIT. São aplicativos que eu amo e acho muito interessante de compartilhar com outros professores. Dentro de sala de aula deram muito certo, e olha que eu trabalhava com trinta alunos.

Além dessas metodologias, eu ainda utilizei gamificação como uma aliada e combinei com os alunos atividades que eles deveriam desenvolver para pontuar. Se eles produzissem tudo durante a semana, a gente usava uma tecnologia na sala de aula. Comecei a usar o interesse deles ao meu favor.

Deu certo. Foi muito bacana ver o potencial e a motivação das crianças. Todos os dias eles queriam fazer alguma coisa diferente. Para uma turma que tinha dificuldade, os alunos terminaram o ano com mais facilidade para ler e escrever, fazer as operações matemáticas e resolver situações problemas. O nível de reprovação foi baixíssimo. No livro de notas, teve aluno que estava tirando 3 e passou a tirar 9. Isso é muito gratificante. Isso me motiva a cada dia buscar e levar mais inovações para eles.

ProUni: resultado da segunda chamada está disponível na internet

POR MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASILIA – 20/02/2019 – BRASÍLIA, F

O resultado da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) está disponível na internet. Os pré-selecionados têm até o dia 27 para fazer a matrícula.

Os estudantes devem comparecer às instituições com os documentos que comprovam as informações prestadas na ficha de inscrição. Cabe aos candidatos verificar os horários e o local de comparecimento para a aferição das informações. A lista da documentação necessária está disponível na página do programa.

Algumas instituições podem exigir dos candidatos aprovados que façam uma prova. Os estudantes devem verificar, no momento da inscrição, se a instituição vai aplicar processo seletivo próprio.

Aqueles que não forem selecionados na segunda chamada têm ainda a chance de integrar a lista de espera nos dias 7 e 8 de março.

Inscrições

Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o Ministério da Educação. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446.

Nesta edição, são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa.

Os estudantes selecionados podem pleitear ainda Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e podem também usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

Reitores discutem melhorias para a Região Norte

(BRASÍLIA – REDAÇÃO CCS/CAPES) - REVISTA GESTÃO UNIVERSITÁRIA – 21/02/2019 – BELO HORIZONTE, MG

As atuais condições da pós-graduação na região norte do país têm chamado a atenção de representantes da educação. Para discutir melhorias, integrantes do Fórum de Reitores da Região Norte se reuniram nesta manhã, 20, com Anderson Correia, presidente da CAPES e Zena Martins, diretora de Programas e Bolsas no País (DPB).

A conversou girou em torno das possibilidades de ações conjuntas em custeio, avaliação e bolsas. Os reitores querem mais oportunidades de participação do Amazonas em pesquisa e internacionalização. Nair Portela, vice-presidente do Fórum, contou que haverá mais uma reunião entre os responsáveis e reafirmou a importância da Região Norte ser vista de maneira específica: “Isso é necessário para fortalecer a nossa formação, tanto na área da graduação, quanto na área da pós-graduação”.

A CAPES já deu o primeiro passo para dar voz ao norte do Brasil: incluiu em seu regimento a participação de um representante da região na composição do Conselho Superior. Atualmente, esse cargo é ocupado por Emmanuel Tourinho, reitor da Universidade Federal do Pará. “A CAPES tem dialogado com os polos que representam as instituições da Região Norte. É um caminho importante a ser mantido para que possamos ter na Amazônia uma capacidade de produção científica e de alavancar os desenvolvimentos econômico e social”, expressou Tourinho.

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