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19/07/2025

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

 Ela entrou calada. E mudou o mundo.


Em 1951, uma mulher afro-americana atravessou as portas do hospital Johns Hopkins com dor, sangramento e um corpo que já denunciava a urgência. Seu nome era Henrietta Lacks — mãe de cinco filhos, colhedora de tabaco, filha do sul segregado dos Estados Unidos. Como tantas mulheres negras e pobres da sua época, chegou tarde ao diagnóstico. Tarde demais. O câncer no colo do útero já havia se espalhado.

Mas ninguém ali imaginava que ela carregava algo que faria história.

Henrietta não sabia que aquele hospital — um dos poucos que aceitava pacientes negros — não só trataria seu corpo, mas também tomaria algo dele sem pedir, sem avisar, sem explicar. Amostras do tumor foram colhidas em segredo, como era costume com os pobres, os invisíveis, os que não tinham voz.

O que veio depois não era costume. Era milagre.

Em vez de morrer, suas células continuaram vivas. E não apenas vivas — multiplicavam-se com fúria, força e velocidade. A cada 24 horas, dobravam. Elas não morriam. Nunca morriam. Eram imortais.

Pela primeira vez na história da ciência, uma linha celular resistia ao tempo. Nasciam ali as células HeLa — nome tirado das primeiras letras do nome que o mundo quase esqueceu: Henrietta Lacks.

Essas células mudaram tudo.

Com elas, o mundo criou a vacina contra a poliomielite. Descobriu tratamentos para o câncer. Estudou AIDS, mapeou genes, testou drogas, entendeu os vírus e até explorou os efeitos da gravidade no espaço. Elas foram — e ainda são — usadas em quase todos os laboratórios do planeta.

Henrietta morreu poucas semanas depois, sem saber de nada. Sua família só descobriu vinte anos depois, quando cientistas revelaram que os genes da mãe estavam espalhados pelos quatro cantos do mundo — salvando vidas.

Henrietta nunca pôde acessar a ciência.
Mas a ciência nunca mais pôde existir sem ela.

Hoje, milhões de pessoas vivem por causa dela.
E embora seu nome tenha sido silenciado por décadas, agora lembramos.

Henrietta Lacks não venceu o câncer.
Mas transformou a medicina.
E deu ao mundo o presente mais valioso que um ser humano pode oferecer:
vida que continua mesmo depois da morte.

PROVA NACIONAL DOCENTE

 Inscrições para Prova Nacional Docente 2025 começaram nesta segunda-feira (14). 

12/07/2025

LA FONTAINE

 Em 8 de Julho de 1621 nascia o poeta e fabulista francês:

 LA FONTAINE (1621-1695)
As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral.
Escritas em linguagem simples e atraente, conquistaram imediatamente os seus leitores.
As mais conhecidas são:
A Lebre e a Tartaruga
O Leão e o Rato
O Lobo e o Cordeiro
A Cigarra e a Formiga
O Corvo e a Raposa
A obra de LA FONTAINE é composta por histórias, cujos personagens principais são animais, que se comportam como seres humanos.
Vendo o rei cercado de uma corte onde a esperteza era condição essencial de sobrevivência e, sem poder retratar essa gente na sua condição real, La Fontaine disfarçou-a sob a pele de animais e assim:
- O leão representa o rei, dono do poder e alvo de bajulação,
- A raposa é o cortesão matreiro o que vence pela astúcia,
- O lobo é o poderoso que alia a habilidade à força bruta,
- O asno, o cordeiro e a ovelha são os puros, que ainda não aprenderam a arte de enganar.
A conclusão de sua obra é melancólica e amarga: No fim, é o forte que vence. É a violência e a astúcia que dominam....
.
Fonte: wikipedia

COMO IDENTIFICAR UMA PESSOA MÁ

 Como identificar uma pessoa má em 5 minutos, segundo a IA e especialistas.

CIÊNCIA: DIA MAIS CURTO, HOMEM VITRUVIANO, TERRA E MARTE

Astrofísico fez as contas e chegou a uma conclusão: estamos prestes a ter o dia "mais curto" de nossas vidas.

Dentista londrino decifra o código de Leonardo Da Vinci oculto no 'Homem Vitruviano' após 500 anos.

Um astrofísico faz alerta a Elon Musk: "Mesmo em caso de apocalipse nuclear, a Terra ainda seria um paraíso comparada a Marte".

SAÚDE: CAMINHADA, SONO E ALZHEIMER, HÁBITOS QUE TIRAM A ALEGRIA

 Estudo demonstra que caminhar de 10 segundos a 4 minutos é mais benéfico à saúde.

Neurologista com PHD em Harvad: “Dormir desta maneira abre caminho para Alzheimer.

Dra. Marianna Magri, médica, diz: “Pessoas que dormem depois das 22h tendem a perder janela de ouro”.

Você tem mais de 70 anos? Evite esses hábitos que tiram sua alegria.

06/07/2025

TEORIAS

A tendência de populações assalariadas e vulneráveis apoiarem políticas que favorecem os mais ricos, perpetuando o status quo de uma elite, pode ser explicada por diversas teorias sociológicas, políticas e psicológicas. Seguem as principais teorias que ancoram esse fenômeno, com uma explicação concisa de cada uma:

1. **Hegemonia Cultural (Antonio Gramsci)**:  

   A elite dominante estabelece uma narrativa cultural que faz com que suas ideias e valores sejam percebidos como "senso comum". Trabalhadores e grupos vulneráveis internalizam essas ideias, acreditando que políticas que beneficiam os ricos (como cortes de impostos para grandes empresas) também são do seu interesse, mesmo quando não há benefícios diretos. A mídia, a educação e as instituições reforçam essa hegemonia, obscurecendo os conflitos de classe.

2. **Falsa Consciência (Karl Marx)**:  

   Derivada do marxismo, essa teoria sugere que a classe trabalhadora pode não reconhecer seus próprios interesses de classe devido à manipulação ideológica da elite. Assim, apoiam políticas que perpetuam sua exploração, como desregulamentações ou flexibilização trabalhista, acreditando que essas medidas trarão prosperidade geral.

3. **Teoria da Escolha Racional**:  

   Indivíduos podem apoiar políticas pró-elite por acreditarem que, mesmo sendo desvantajosos a curto prazo, podem trazer benefícios futuros (ex.: "efeito cascata" da economia). Essa escolha é frequentemente baseada em informações limitadas ou promessas de mobilidade social, como a ideia de que "qualquer um pode enriquecer" com trabalho árduo.

4. **Psicologia da Identidade Social (Henri Tajfel)**:  

   Pessoas vulneráveis podem se identificar com valores ou símbolos associados à elite (como nacionalismo, meritocracia ou consumismo), levando-as a apoiar políticas que reforçam esses ideais, mesmo que isso perpetue desigualdades. Por exemplo, o orgulho de pertencer a uma nação "próspera" pode levar ao apoio a políticas econômicas neoliberais.

5. **Teoria do Sistema Justificado (John Jost)**:  

   Essa teoria da psicologia social argumenta que as pessoas tendem a justificar o sistema social em que vivem, mesmo quando ele é desigual. Grupos vulneráveis podem aceitar a desigualdade como "natural" ou "inevitável", legitimando políticas que favorecem a elite para reduzir a dissonância cognitiva e manter uma sensação de ordem.

6. **Manipulação Populista e Polarização**:  

   Líderes populistas frequentemente desviam a atenção das desigualdades econômicas ao enfatizar questões culturais ou identitárias (ex.: imigração, segurança). Isso faz com que populações vulneráveis apoiem candidatos ou políticas que, na prática, favorecem a elite econômica, enquanto acreditam estar defendendo seus próprios interesses culturais ou sociais.

7. **Teoria da Dependência e Clientelismo**:  

   Em contextos onde há forte dependência de benefícios estatais ou redes clientelistas, populações vulneráveis podem apoiar políticas pró-elite por medo de perderem acesso a recursos escassos (ex.: programas sociais, empregos). Políticos exploram essa dependência para garantir apoio, mesmo que as políticas mantenham a desigualdade estrutural.

8. **Aspiracionalismo e Ideologia Meritocrática**:  

   A crença na mobilidade social e no mérito individual faz com que trabalhadores vejam as políticas pró-elite como um caminho para ascenderem à classe dominante. A narrativa de que "trabalho duro leva ao sucesso" obscurece as barreiras estruturais, levando ao apoio a medidas que beneficiam os ricos, como redução de impostos para grandes fortunas.

### Considerações Finais:

Essas teorias se complementam e operam em conjunto em diferentes contextos. Fatores como acesso à educação, exposição à mídia, nível de organização coletiva (ex.: sindicatos) e crises econômicas influenciam a força de cada mecanismo. No Brasil, por exemplo, a combinação de clientelismo, hegemonia cultural via mídia e aspiracionalismo pode explicar parte do apoio de classes populares a políticas neoliberais ou conservadoras.

Texto de Wellington Luiz

ENVELHECER

 Envelhecer não é fácil.

É um processo silencioso de despedidas.
Você precisa aprender a andar mais devagar,
não apenas com os pés, mas com a alma.
É preciso dizer adeus a quem você foi um dia,
e ter coragem de olhar nos olhos da pessoa que se tornou.

Fazer aniversário nem sempre é celebração.
Às vezes é confronto.
Você vê um novo rosto no espelho e tenta reconhecê-lo.
O corpo muda, o tempo desenha marcas onde antes havia pressa.
E você precisa aprender a caminhar com dignidade,
a carregar a história nas costas sem vergonha,
sem medo do que os outros vão dizer,
sem pedir desculpas por ainda estar aqui.

Envelhecer exige desapego.
De ideias, de pessoas, de versões suas que já não voltam.
Deixar ir quem não quer mais ficar.
Deixar ficar quem escolhe permanecer.

É aprender a não esperar dos outros aquilo que você precisa encontrar dentro de si.
É despertar sozinho, dia após dia,
e tentar se reconhecer naquele reflexo que parece mais distante a cada manhã.

É aceitar que alguns ciclos terminaram.
Que alguns amores se foram.
Que algumas dores não voltam — mas também, não somem.
É lembrar de quem partiu, com amor e saudade.
E chorar, se for preciso,
até esvaziar por dentro, até lavar a alma por inteiro.

Porque só assim, depois do pranto mais fundo,
é que voltam os sorrisos.
Voltam os pequenos encantos.
Nascem outras esperanças.
E novos desejos encontram espaço no coração.

Envelhecer não é o fim.
É um outro começo, mais sereno, mais real, mais inteiro.
E apesar de tudo, ainda é vida.
E onde há vida, há sempre algo por florescer.

28/06/2025

GERAÇÃO BETA

 A geração beta viverá como as crianças dos anos 50 e os pais não poderão fazer nada a respeito.

LIVROS MAIS VENDIDOS

 5 livros que voltaram a vender como se tivessem sido lançados ontem.

SAÚDE: HIGIENE BUCAL E AVC, DECLÍNIO COGNITIVO, MAL SÚBITO, BANHA DE PORCO, DIETA MEDITERRÂNEA, ALEGRIA APÓS OS 70

 Hábito de higiene pode reduzir muito o risco de AVC.

Estudo aponta que pessoas que costuram ou tricotam no tempo livre apresentam menor declínio cognitivo.

Como evitar mal súbito em atividades físicas: guia essencial.

Estudo brasileiro coloca fim a um debate antigo: banha de porco é mais saudável que óleo de soja?

Com 101 anos, ex-CEO revela os dois alimentos que ele não come para manter a saúde.

Você tem mais de 70? Evite esses hábitos que tiram sua alegria.

14/06/2025

FESTA JUNINA NA ESCOLA (NOVA ESCOLA)

 Festa junina na escola: celebre a cultura popular com aprendizado.

Por isso, que tal aproximar os saberes escolares do cotidiano dos estudantes com temas que celebram nossas raízes e tradições?

Reunimos conteúdos com propostas criativas e alinhadas à BNCC para você trabalhar leitura, escrita, Matemática, cultura popular e muito mais com os seus alunos, da Educação Infantil aos Anos Finais:


  1. Como aproveitar as festas juninas para explorar a cultura popular na Educação Infantil

  2. Festa junina e Língua Portuguesa: ideias para trabalhar nos Anos Finais

  3. Alfabetização: explore a leitura e a escrita de receitas de comidas de festa junina

  4. 10 conteúdos sobre atividades de festas juninas para inspirar professores

  5. Atividades de festa junina para trabalhar leitura, escrita e Matemática

  6. Plano de aula: diferentes festas juninas

Quer ver mais conteúdos sobre festa junina? Então, clique no botão abaixo:

Acesse agora

OCEANO NO CORAÇÃO DA TERRA

 Jules Verne estava certo: cientistas acabam de descobrir um oceano no coração da Terra, desafiando nossa compreensão do universo.

31/05/2025

PLANOS INTERDISCIPLINARES SOBRE MEIO AMBIENTE (NOVA ESCOLA)

 

Faltam poucos dias para a Semana do Meio Ambiente e sabemos que você sempre está em busca de novidades para usar em sala de aula, não é mesmo?

Mas ainda há um desafio: como levar para a sala de aula temas que transformam a consciência em ação? Ou que realmente fazem a diferença além da escola?

A resposta pode estar na conexão com a realidade! 🔁

E por aqui, temos bons planos de aula para você integrar Ciências, Arte e Língua Portuguesa em projetos interdisciplinares sobre sustentabilidade. Confira:

Por que estes planos fazem a diferença:

- Prontos para aplicação imediata (até 3h de preparação)
- Materiais complementares e sugestões de avaliação
- Adaptáveis para diferentes contextos escolares
- Desenvolvidos de professores para professores 🩷

AVALIAÇÃO COMO ALIADA DA APRENDIZAGEM (NOVA ESCOLA)

 

Para conferir mais conteúdos sobre avaliação, clique no botão abaixo

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AZEITE DE OLIVA E DEMÊNCIA

 Sou cardiologista e garanto: "As pessoas que bebem azeite de oliva extravirgem todo dia têm 28% menos probabilidade de sofrer de demência".

FUNGO FATAL DE "THE LAST OF US"

 Fungo fatal de "The Last of Us" vai se espalhar pelo mundo, diz estudo.

25/05/2025

SEBASTIÃO SALGADO - AFONSO BORGES

 Tião morreu de amor pela Terra e pela humanidade


Tião da Lelinha morreu de leucemia, por consequências das várias malárias que pegou nos países que trabalhou, principalmente, na África. Ele sofreu, durante anos e anos, as dores e incômodos que a sua vocação e determinação pela crença na humanidade lhe provocou. 

Esta simbologia não é por acaso. 

Tião foi um obcecado pela esperança na humanidade. A fotografia era um instrumento de proximidade que ele adotou das maiores causas: a defesa do planeta, o horror das guerras, a preservação do meio ambiente. Ele não pensava, agia. O Instituto Terra, seu maior legado, foi isso – pegou uma terra devastada e reflorestou. A Amazonia, mesma coisa: penetrou na floresta para mostrar que a vida dos indígenas tinha que ser cuidada da mesma forma que a própria natureza. Mas também fez um trabalho lindo em plantações de café pelo mundo afora. 

Ao mesmo tempo, era o menino de Aimorés. Só fotografava cantando as cantigas que ouviu quando criança. E passou a vida cantando. Tenho dezenas de áudio que ele me mandava, guardados. Sua voz grave e afinada, em português perfeito – e mineiro. Mais incrível é que as músicas que ele cantava eram as mesmas da infância, em um vilarejo perto de Aimorés sem luz elétrica. Ele as ouvia aos domingos, quando os caminhoneiros chegavam e ligavam o rádio nas baterias. 

Mas não tenho intenção de fazer biografia e nem falar o quanto era bom fotógrafo. Escrevo para apaziguar a dor de perder um amigo inigualável. Sincero, bruto, forte. Amável, cordial, bonito. 

De fala represada e barítona, Tião sabia se impor pela força do argumento e pela leveza das imagens que desenhava com a voz. Atento aos substantivos da vida, não era de perder tempo com mesuras. Dizia o que tinha que ser dito, sem medir consequências. E poucas vezes errava. 
Era um leitor contumaz. Casa cheia de livros, espalhados, sua cadeira de leitura, na sala tinha pilhas ao lado. Cansou de dizer, em entrevistas e palestras, da importância da leitura na sua vida e a sua capacidade de expansão de conhecimento. E era um leitor muito criterioso e crítico. 

Mas era o amor o seu maior predicado. O amor que tinha pela Lelinha, pelo Rodrigo e pelo Juliano. Pela família e pelos amigos. O seu amor pela Lelinha era coisa de tingir o coração de alma. Alma não tem cor, alma não tem cheiro. Mas o amor do Tião pela Lelinha tinha alma, cheiro, coração, uma constelação de bondades e brincadeiras. Sim, Tião da Lelinha era super brincalhão, na intimidade. E se transformava no menino de Aimorés quando falava da sua mulher. Eu tive a felicidade de testemunhar este amor e trazê-lo para a minha vida, como algo a ser alcançado, imitado, um exemplo. E tenho feito isso. 

Arrisco a dizer: Tião foi talhado no amor da Lelinha. Ali ele encontrou forças para enfrentar as mazelas da humanidade e as belezas da natureza. Porque Tião mostrou para o mundo o feio e o bonito. A guerra e a a nuvem. O céu e o vulcão. Mostrou a morte, a destruição. Mas também mostrou a vida e a beleza mais profunda que a íris pode ver. E morreu contaminado por ela. Morreu contaminado por um protozoário transmitido por um mosquito, que transmite a malária. O que isso quer dizer? Quer dizer que até na morte Tião mandou um recado: onde está a vacina da malária? Interessa ao Ocidente gastar milhões de dólares para desenvolver uma vacina para uma doença predominante no continente africano? Aí voltamos ao início: Tião morreu de amor pela humanidade. 

E como nunca saiu de Aimorés, suas cinzas voltarão para lá, para sua obra mais bonita: o Instituto Terra, sob o olhar carinhoso de Lelinha, seu amor.

Afonso Borges 

SEBASTIÃO SALGADO - FABRÍCIO CARPINEJAR

OLHOS PESADOS DE LÁGRIMAS

Os olhos azuis oceânicos, debaixo de tufos de sobrancelhas grisalhas, quase ruivas, caracterizavam a lente humana mais majestosa e universal que já existiu na fotografia mundial.

O mineiro de Aimorés, Sebastião Salgado, fez o mundo piscar de modo distinto depois de suas pálpebras.

Ele se despede, aos 81 anos, com um trabalho documental que conseguiu a proeza de ser, ao mesmo tempo, transgressor e clássico.

Trouxe à fotografia o projeto coletivo dos murais de Candido Portinari.
Na essência, era um Caravaggio da gelatina de prata, do papel fotográfico, mestre do claro-escuro, instaurando o barroco na captação crua das cenas.
Assim como em Caravaggio, a luz recai sobre os invisíveis — os pobres, os errantes, os exilados — com uma expressividade humanista e dramática.
Sua única professora foi a realidade, com seus contrastes e exuberâncias, suas misérias e rostos impregnados de compaixão. Formado em Economia, mas autodidata na arte, começou a fotografar em 1973, aos 29 anos, misturando-se em unha e carne aos seus fotografados.

Seu olhar não era de fora, mas de dentro. Não agia como um observador distante, que clica e desaparece. Daí a explicação para seus registros íntimos, como se fossem autorretratos dos excluídos. Sua aflição existencial tornou-se sua estética.
Não explorava o outro, fundia-se ao outro. Não se resumia a um fantasma entre os vivos, e sim a um vivo que mandava notícias do reino dos fantasmas da sociedade.
Abordou as migrações, a dizimação dos povos originários, a devastação das florestas, o colapso climático, a escalada desenfreada do processo industrial.

Não procurava apontar as diferenças folclóricas entre as mais remotas culturas, mas identificar o que havia de comum entre todas elas: a dignidade apesar da desolação.
Ele converteu as cores gritantes da dor na suavidade bíblica do preto e branco. Denunciou o apocalipse e a extinção da nossa espécie pela ganância.

Percorreu mais de 130 países, criando exposições que marcaram a história: Trabalhadores, Gênesis e Êxodos.
Deixa para nós os seus olhos pesados de lágrimas. Sangue de nosso sangue, água de nossas águas.

Fabrício Carpinejar

GERAÇÕES

 A partir de 2 de janeiro, todas as crianças nascidas entre 2025 e 2039 pertencerão a um novo grupo demográfico chamado "Geração Beta. " Este termo alinha-se com a visão dos pesquisadores que acreditam que esta geração irá crescer num ambiente totalmente digitalizado e dominado por inteligência artificial.

O nome foi proposto por especialistas em demografia e cultura popular para descrever a coorte que segue a Geração Alpha (2010-2024).
Aqui está um resumo das gerações até agora:
Geração Beta (2025-2039): Espera-se crescer num mundo totalmente digital e orientado por IA.
Geração Alfa (2010-2024): A primeira geração do século XXI, crescendo com inteligência artificial e tecnologia onipresente.
Geração Z (1997-2009): Nativos digitais que nunca conheceram um mundo sem internet.
Geração Y (1981–1996): Testemunhas da mudança do milênio e da revolução digital.
Geração X (1965-1980): A primeira geração a crescer com computadores pessoais.
Baby Boomers (1946-1964): Nascido durante o boom econômico pós-guerra.
Geração Silenciosa (1928-1945): Cresceu durante a reconstrução pós-guerra.
A Grande Geração (1901–1927): Viveu através da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial.

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