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26/04/2025

ORIGEM DOS SOTAQUES BRASILEIROS

"A origem de diversos sotaques brasileiros


O "R" caipira do interior de SP, 
MT, MG, PR e SC deve-se aos 
indígenas que aqui moravam 
não conseguiam falar o "R" 
dos portugueses, não havia
o som dessa letra em muitos 
dos mais de 1200 idiomas 
da região.

Então na tentativa de se pronunciar 
o R, acabou-se criando essa 
jabuticaba brasileira, que 
não existe em Portugal. 

A isso também se deve o fato 
de muitas pessoas até hoje em 
dia trocarem L por R, como em 
farta (falta) e frecha (flecha).

Com a chegada de italianos 
à SP o sotaque do paulistano 
incorporou o R vibrante atrás dos 
dentes, porta como "porita", e em 
alguns casos até incorporando 
mais Rs: carro como "caRRRo", 
se quem fala for de Mooca, 
Brás e Bexiga, bairros com 
bastante influência italiana.

O R falado no RJ deve-se ao 
fato de que quando a Corte 
portuguesa pisou aqui, a moda 
era falar o R como dos franceses, 
saindo do fundo da garganta, 
como: "PaRRRRi".

A elite carioca tratou de copiar a 
nobreza, e assim, na contramão 
do R caipira e 100% brasileiro, 
o importou seu som de 
R dos franceses. 

Do mesmo modo a Realeza 
trouxe o "S" chiado 
dos cariocas.

As regiões Norte e Sul 
receberam a partir do século 
XVII imigrantes dos Açores e 
ilha da Madeira, lugares onde 
o S também vira SH. 

Viviam mais de 15 mil portugueses 
no Pará, 4ª maior população 
portuguesa no Brasil à época, 
o que fez os paraenses 
também incorporarem 
o chiado.

Já Porto Alegre misturava 
indígenas, portugueses, 
espanhois e depois alemães 
e italianos, toda essa mistura 
resultou num sotaque 
sem chiamento.

Curitiba recebeu muitos ucranianos 
e poloneses, a falta de vogais 
nos idiomas desses povos 
acabou estimulando uma 
pronúncia mais pausada 
de vogais como o E, para 
que se fizessem entender, 
dando origem ao folclórico 
"leitE quentE".

Em Cuiabá e outras cidades 
do interior do Mato Grosso 
preservou-se o sotaque de 
Cabral, não sendo incomum 
os moradores falando de 
um "djeito diferentE". 

Os portugueses que se 
instalaram ali vieram do 
norte de Portugal e inseriam 
T antes de CH e D antes de J. 

E até "hodje os cuiabanos 
tchamam feijão de fedjão".

Junto com os 800 mil escravos 
também foram trazidos seus 
falares, e sua influência que 
perdura até hoje em se comer 
o R no final das palavras: 
Salvadô, amô, calô e a destruição 
de vogal em ditongos: lavôra, 
chêro, bêjo, pôco, que aparece 
em muitos dialetos africanos.

A falta de plurais, o uso do 
gerúndio sem falar o D 
(andano, fazeno), a ligação 
de fonemas em som de z 
(ozóio, foi simbora) e a 
simplificação da terceira 
pessoa do plural (disséro, 
cantaro) também são 
heranças africanas."
(Mapa Linguístico do Brasil,
Revista Superinteressante)

Paz no ❤️!

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