"A origem de diversos sotaques brasileiros
O "R" caipira do interior de SP,MT, MG, PR e SC deve-se aosindígenas que aqui moravamnão conseguiam falar o "R"dos portugueses, não haviao som dessa letra em muitosdos mais de 1200 idiomasda região.Então na tentativa de se pronunciaro R, acabou-se criando essajabuticaba brasileira, quenão existe em Portugal.A isso também se deve o fatode muitas pessoas até hoje emdia trocarem L por R, como emfarta (falta) e frecha (flecha).Com a chegada de italianosà SP o sotaque do paulistanoincorporou o R vibrante atrás dosdentes, porta como "porita", e emalguns casos até incorporandomais Rs: carro como "caRRRo",se quem fala for de Mooca,Brás e Bexiga, bairros combastante influência italiana.O R falado no RJ deve-se aofato de que quando a Corteportuguesa pisou aqui, a modaera falar o R como dos franceses,saindo do fundo da garganta,como: "PaRRRRi".A elite carioca tratou de copiar anobreza, e assim, na contramãodo R caipira e 100% brasileiro,o importou seu som deR dos franceses.Do mesmo modo a Realezatrouxe o "S" chiadodos cariocas.As regiões Norte e Sulreceberam a partir do séculoXVII imigrantes dos Açores eilha da Madeira, lugares ondeo S também vira SH.Viviam mais de 15 mil portuguesesno Pará, 4ª maior populaçãoportuguesa no Brasil à época,o que fez os paraensestambém incorporaremo chiado.Já Porto Alegre misturavaindígenas, portugueses,espanhois e depois alemãese italianos, toda essa misturaresultou num sotaquesem chiamento.Curitiba recebeu muitos ucranianose poloneses, a falta de vogaisnos idiomas desses povosacabou estimulando umapronúncia mais pausadade vogais como o E, paraque se fizessem entender,dando origem ao folclórico"leitE quentE".Em Cuiabá e outras cidadesdo interior do Mato Grossopreservou-se o sotaque deCabral, não sendo incomumos moradores falando deum "djeito diferentE".Os portugueses que seinstalaram ali vieram donorte de Portugal e inseriamT antes de CH e D antes de J.E até "hodje os cuiabanostchamam feijão de fedjão".Junto com os 800 mil escravostambém foram trazidos seusfalares, e sua influência queperdura até hoje em se comero R no final das palavras:Salvadô, amô, calô e a destruiçãode vogal em ditongos: lavôra,chêro, bêjo, pôco, que apareceem muitos dialetos africanos.A falta de plurais, o uso dogerúndio sem falar o D(andano, fazeno), a ligaçãode fonemas em som de z(ozóio, foi simbora) e asimplificação da terceirapessoa do plural (disséro,cantaro) também sãoheranças africanas."(Mapa Linguístico do Brasil,Revista Superinteressante)Paz no ❤️!
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