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21/04/2025

JESUS NAZARENO

 Jesus, o nazareno.


Nascido sob o governo de César Augusto, morto sob o poder político do governador Pôncio Pilatos, Jesus, o nazareno, foi um homem pobre, carpinteiro, morador da Judeia, atual Palestina, quando a ditadura romana ocupava militarmente todo o mundo de então.

Jesus rompeu com o padrão religioso da época por perceber que a religião se preocupava apenas com ela mesma e não com os pobres.

Filho de Maria, uma mulher simples, e adotado por José, homem de muito mais idade, Jesus foi batizado no rio, pelo seu primo, outro questionador, João, o batizador, ou João, o Batista.

Um dia, João foi preso e decapitado.

Vieram até Jesus e disseram que ele havia morrido. Jesus então organiza o povo, e multiplica um cesto com pães e peixes para mais de 5.000 pessoas. Ele estava deixando uma mensagem. Quando um líder do povo morre, nós devemos organizar nossas utopias, nossa esperança e até nosso ódio para nos saciarmos uns aos outros e seguirmos com a luta.

Jesus, o nazareno, era considerado um profeta, um rabino, um homem da Galileia, negro, pobre, de uma periferia, um lugar onde só morava pobre. Pregando utopias de amor e liberdade entre soldados romanos, militares truculentos, odiosos e matadores. 

O nazareno era amado pelo povo. Pelos oprimidos. Acolhia doentes, excluídos, pobres, ricos, num tempo em que era proibido falar com mulheres na rua, ele escolheu falar com elas, ele escolheu se distanciar da política, ele escolheu não criar uma bancada para o senado romano, ele escolheu não se candidatar a César, ele escolheu as prostitutas e disse que, no Reino de Deus, elas entrarão na frente dos religiosos. Ele escolheu os marginais, as putas, os gays, os presos, os idosos, os esquecidos, abandonados, o povo de rua e todos aqueles que muitos dentro da igreja  odeia, maltrata, pisa, traumatiza, fustiga, oprime, inferniza, exclui e quer matar.

Porque o Jesus de muitas igrejas evangélicas e igrejas católicas quer matar o oprimido.

Mas o Jesus da Bíblia, o Jesus nazareno, o Jesus que revelou a face misericordiosa de Deus, escolheu morrer pelo oprimido.

Numa noite, esse Jesus foi preso. E não resistiu à prisão. Assumiu a culpa que nem era dele.

O condenaram à pior pena, a de morte. Morreu no Calvário, o Morro da Caveira.

No alto do morro, torturado por soldados, os militares de Roma, crucificado entre dois outros homens que também cumpriam pena.

Seus seguidores disseram que ele voltou da sepultura, vivo. E que, um dia, levaria todos para o Paraíso. O Reino de Deus. Com uma mesa farta, para todos. Sem distinção de raça, de gênero ou de classe. De toda tribo, língua e nação.

Um Jesus diferente do Jesus do Malafaia. Um Jesus diferente do Jesus de Feliciano.
Diferente do Jesus de Frei Giilson.
Um Jesus que nunca entraria numa Universal do Reino de Deus, do Macedo. Porque Jesus disse que não podemos servir a Deus e ao Dinheiro. Devemos escolher entre um ou outro.

Mas o "Jesus" de muitos evangélicos e católicos , escolheu matar pessoas, eleger quem mata, escolheu a prosperidade, o dinheiro, o ouro, escolheu queimar e destruir terreiros, bater em gays, escolheu o extermínio do povo negro. A igreja escolheu abençoar Bolsonaro, um messias diferente do Messias de Nazaré, porque é um messias de arma na mão, defensor da tortura e da ditadura, defensor do sistema opressor que levou Jesus a morte de cruz.

Esta igreja é o que a Bíblia chama de a mulher perversa que bebe o sangue dos oprimidos, sentada numa besta-fera do diabo. Cheia de ouro, de poder, e que deu de beber do seu vinho a todos os poderosos. Trump, Bolsonaro, Netanyahu e tantos outros Césares beberam do seu vinho de mentira, falsidade e ódio.

O Cristo que morre na cruz, é o mesmo que morre todos os dias no corpo negro, pobre, homem, mulher, trans, gay, favelado, trabalhador, indígena, quilombola, estrangeiro, desempregado, morador de rua, oprimido.

Corpos que morrem no alto do morro, na viela da quebrada, na frente da mãe. Igual Jesus e Maria.

Cristo é Deus que faz escolhas. E  esse Deus, sempre escolhe o oprimido.

A Igreja não pode pactuar com a mentira, fake news, ódio, intolerância religiosa, violência, negacionismo, e o desejo da volta de um regime totalitário no país que prendeu, torturou e matou como os romanos .Este caminho que muitos estão tomando como nação está errado, ao menos aos olhos de Jesus.

No calvário, o cordeiro de Deus, tomou sobre si todos esses pecados. Insistir no caminho da mentira, ódio e injustiça, e negar este sacrifício.

Tentaram calar a sua voz, assim como hj tentam calar a voz do Papa Francisco, Pe. Júlio, Dom Orlando Brandes, Dom Vicente Ferreira e tantos outros profetas do nosso tempo.

Seguimos firmes, com a utopia de plantar nessa terra o Reino de Deus que Cristo anunciou, sabendo que assim como ele, estamos fadados ao fracasso diante desse sistema de morte. Mas que poder tem a morte  sobre nós, se com Cristo, por Cristo e em Cristo vivermos e morrermos, com Cristo também ressucitaremos! 

Feliz Páscoa!

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