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05/09/2019
20/12/2018
CADERNO DE PESQUISA N. 170
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20/06/2018
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PLURALIDADE CULTURAL - JORNAL APASE JUNHO/2018

Relações étnico-raciais e pluralidade cultural que transcrevo abaixo:
A Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências, torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, ou seja, traz e premissa de que sejam estudadas as contribuições da cultura afro e de seus descendentes na formação da matriz cultural brasileira, que não é somente europeia, mas africana, indígena, asiática, dentre outras contribuições. Somos, portanto, um país plural, o que, no entanto, não impede a ocorrência de discriminações de diversas espécies.
O parágrafo primeiro da supra-citada lei estabelece como conteúdo programático “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil”, sendo que o artigo segundo aponta que tais conteúdos “serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras”. Tal obrigatoriedade exige que os currículos de formação de docentes também incluam tal temática.
Destacamos as questões linguísticas, as danças, os cultos religiosos, a comida, a forma de ser “alegre”, como algumas dessas contribuições.
É mister destacar que, como profissionais da educação, devemos nos posicionar contra qualquer tipo de discriminação, seja étnico-racial, de gênero, por convicções políticas, etc.
Ao estudarmos o tema, nos deparamos com a diferenciação entre o conceito de raça e etnia, pois todos somos humanos, embora nossa matriz cultural possa ser diferenciada.
Ainda em alguns livros de história de épocas anteriores nos deparamos com a conceituação de “branqueamento” como algo a ser festejado, ou seja, as porcentagens de negros e índios vão diminuindo e isso é algo a ser comemorado!
Quanto aos indígenas, ainda nesses livros, é descrito como “indolente[....] o pajé é odioso e perigoso”. Absurdos desse naipe. Ou nos livros da fase do romantismo da literatura brasileira, como “O Guarani”, como um ser doce e subserviente?! Ou ainda, parafraseando alguns, “índio bom é índio morto”!!!
A discussão sobre as cotas raciais também “dá pano pra manga”. Sem me alongar no tema, seria uma reparação/compensação aos séculos de escravidão? Ou faz-se necessária porque a concentração de renda demonstra que os mais pobres se concentram nessa etnia? Gritante é ir a algumas escolas e observar os estudantes do diurno e os do noturno, em maior quantidade de origem afro-descendente.
O que ressalto é a necessidade de criarmos oportunidades para todos, pois educação é fator de elevação social, ou de mudança, conforme reporta Saviani “a educação sozinha não muda a sociedade, mas tampouco a sociedade muda sem ela”.
Temas que proponho para reflexão.
Maria Ângela Paié Rodella Innocente - mestre em Educação. Supervisora de Ensino de Americana. Docente no Ensino Superior. Consultora Educacional.
Clique aqui para leitura do jornal completo.
Sugiro ainda a leitura de outros artigos do Jornal, como sobre como era a alfabetização dos anos 1970 e 1980, em comparação com a atualidade.
A Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências, torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, ou seja, traz e premissa de que sejam estudadas as contribuições da cultura afro e de seus descendentes na formação da matriz cultural brasileira, que não é somente europeia, mas africana, indígena, asiática, dentre outras contribuições. Somos, portanto, um país plural, o que, no entanto, não impede a ocorrência de discriminações de diversas espécies.
O parágrafo primeiro da supra-citada lei estabelece como conteúdo programático “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil”, sendo que o artigo segundo aponta que tais conteúdos “serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras”. Tal obrigatoriedade exige que os currículos de formação de docentes também incluam tal temática.
Destacamos as questões linguísticas, as danças, os cultos religiosos, a comida, a forma de ser “alegre”, como algumas dessas contribuições.
É mister destacar que, como profissionais da educação, devemos nos posicionar contra qualquer tipo de discriminação, seja étnico-racial, de gênero, por convicções políticas, etc.
Ao estudarmos o tema, nos deparamos com a diferenciação entre o conceito de raça e etnia, pois todos somos humanos, embora nossa matriz cultural possa ser diferenciada.
Ainda em alguns livros de história de épocas anteriores nos deparamos com a conceituação de “branqueamento” como algo a ser festejado, ou seja, as porcentagens de negros e índios vão diminuindo e isso é algo a ser comemorado!
Quanto aos indígenas, ainda nesses livros, é descrito como “indolente[....] o pajé é odioso e perigoso”. Absurdos desse naipe. Ou nos livros da fase do romantismo da literatura brasileira, como “O Guarani”, como um ser doce e subserviente?! Ou ainda, parafraseando alguns, “índio bom é índio morto”!!!
A discussão sobre as cotas raciais também “dá pano pra manga”. Sem me alongar no tema, seria uma reparação/compensação aos séculos de escravidão? Ou faz-se necessária porque a concentração de renda demonstra que os mais pobres se concentram nessa etnia? Gritante é ir a algumas escolas e observar os estudantes do diurno e os do noturno, em maior quantidade de origem afro-descendente.
O que ressalto é a necessidade de criarmos oportunidades para todos, pois educação é fator de elevação social, ou de mudança, conforme reporta Saviani “a educação sozinha não muda a sociedade, mas tampouco a sociedade muda sem ela”.
Temas que proponho para reflexão.
Maria Ângela Paié Rodella Innocente - mestre em Educação. Supervisora de Ensino de Americana. Docente no Ensino Superior. Consultora Educacional.
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Sugiro ainda a leitura de outros artigos do Jornal, como sobre como era a alfabetização dos anos 1970 e 1980, em comparação com a atualidade.
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