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22/11/2024

PLANOS DE AULA CONSCIÊNCIA NEGRA (NOVA ESCOLA)

 Você viu que o tema da redação do ENEM 2024 foi "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil"? Essa notícia mostra como é importante trazer este assunto para dentro da sala de aula durante o ano inteiro e não apenas no mês de novembro. 

 

Afinal, o pensamento antirracista também é construído ao longo de todo percurso escolar e não só na vida adulta. 
 

Com o objetivo de prepará-los para o futuro e para uma relação respeitosa com sociedade, a Nova Escola elaborou 11 novos planos de aula com foco em uma Educação Antirracista.
 

Na nossa página especial, você vai encontrar planos para turmas do Fundamental 1 e 2, adaptados para diferentes componentes curriculares. Confira os lançamentos:
 

LÍNGUA PORTUGUESA

  1. Trajetórias negras - 5º ano

  2. Comunidades quilombolas no Brasil - 9º ano
     

GEOGRAFIA

  1. Abayomi, desvendando o mito - 4o ano

  2. Afrofuturismo e territorialidades negras - Cultura, espaços e futuro - multianos
     

CIÊNCIAS

  1. Quem pode ser cientista? - 3º ano

  2. Brasileiro tem raça? - 9º ano
     

HISTÓRIA

  1. Racismo? Aqui NÃO! - multianos

  2. Questão de representatividade - multianos
     

MATEMÁTICA

  1. O Grande Elenco: personalidades negras que fizeram história - 9º ano

  2. Matemática nas Culturas Africanas e Afro-Brasileiras - 5º ano

  3. A geometria do tambor - Etnomatemática ancestral - 8º ano
     

Explore planos com temas sobre raça, representatividade, trajetórias de pessoas negras, matemática nas culturas africanas e muito mais!


CLIQUE AQUI E VEJA TODOS OS PLANOS

03/06/2023

RACISMO

 Carta aos espanhóis: e se nos unirmos para erradicar o racismo?

Jamil Chade, do UOL
Queridos amigos espanhóis,

Picasso, Gaudí, Montserrat Caballé, Cervantes, Concha Buika, Rafa Nadal, Antonio Machado, Paco de Lucia, Ferran Adriá ou Maruja Mallo desfilam como marcos da nossa civilização e traçam os contornos na humanidade. Todos, em algum momento de nossas vidas, tivemos a Espanha em nossas consciências coletivas.

Sua cultura, sua genialidade, sua culinária, sua percepção do sentido da vida nos encantam. Vocês são referências artísticas, intelectuais e científicas para milhões de pessoas pelo mundo. Não há uma invasão de turistas ao país de vocês por acaso.

Mas precisamos conversar.

Vocês e nós sabemos que o que ocorreu em Valência não se trata de um ato isolado. Nem na Espanha e nem no Brasil. Por isso, escrevo essa carta para propor algo mais ousado que apenas a troca de acusações: e se reinventássemos o futuro? E se nos uníssemos contra essa realidade?

Recuso-me a cometer a injustiça de generalizar o caráter de uma sociedade. Mas a prova de que vocês não são racistas não está em cada um se distanciar de uma ofensa racista. Isso não basta.

Racistas precisam ser punidos de forma exemplar, e os omissos precisam se posicionar. Leis precisam existir e serem cumpridas, assim como precisa existir uma permanente vontade política e uma campanha de educação desde a primeira infância. Na Espanha e no Brasil.

Não basta não ser racista. Temos de agir, denunciar e reformular nossas estruturas mentais, econômicas e políticas.

Alguns de vocês talvez já saibam. Sou pai de dois españolitos. Orgulhosamente espanhóis, entre as diversas identidades que desenham as almas e referências dessas duas crianças.

Ao longo dos anos, isso talvez tenha me garantido um certo escudo. Mas, ainda assim, são frequentes os comentários que recebo sobre como nós, brasileiros, temos de "trabalhar mais e sambar menos", e tantas outras variações da mesma "brincadeira".

Por meus antepassados serem libaneses e por trazer essa marca no nome, no sobrenome, na sobrancelha e no nariz, já fui chamado mais de uma vez de "Moro" na Espanha. Por vezes, como uma ironia. Outras, como um alerta.

Ser mouro não é uma ofensa, ainda que a história nos conta como, em 1499, depois da rebelião de Albaicín, todos os mouros da Espanha foram batizados por decreto real e por força. Mas sabemos que esse termo é hoje usado de forma despectiva e carregada de uma profunda xenofobia.

Não há como comparar minha situação ao que vive Vinicius Jr e tantos outros afrobrasileiros, afrocolombianos e imigrantes de tantas partes do mundo sem a visibilidade do craque do Real Madrid. E o que dizer então das mulheres latinas.

Estou no grupo dos ultraprivilegiados. Eu sei disso. O que me preocupa, assim como no Brasil, é que não se trata apenas de frases soltas num jantar ou risadas num show de stand up.

Esses comentários e essa atitude num estádio que se transforma numa caixa de ressonância da sociedade são episódios do mesmo fenômeno.

Os atos criminosos de racismo contra Vinicius Jr. são sintomas de uma grave crise que nossas sociedades enfrentam hoje: a do movimento antidireitos. Por qual motivo esses grupos não sentem constrangimento em bradar seu ódio?

Estudos na Espanha —tanto do governo como de entidades da sociedade civil— apontam como o racismo, a discriminação e a xenofobia crescem no país.

Um dos levantamentos mais reveladores foi feito em 2020 pela entidade Provivienda. O estudo não é sobre denúncias na Justiça. Mas sobre o cotidiano de milhões de pessoas.

O que fizeram os autores do levantamento?

Pegaram o telefone e ligaram 1,8 mil vezes para agências imobiliárias ao ver o anúncio do aluguel de um apartamento nas grandes cidades espanholas.

Uma ligação era feita por um espanhol. A outra, por um imigrante com sotaque.

Ligavam e perguntaram sobre o mesmo anúncio relativo ao aluguel de um apartamento.

O resultado: diferentes exigências, tratamento e disponibilidade do apartamento em questão, dependendo do sotaque que se escutava.

Entre os estrangeiros, muitos eram informados que aquele apartamento já estava alugado. Minutos antes, estavam disponíveis quando a ligação era de um espanhol.

O estudo não parou por aí. Um segundo teste foi criado. Nele, uma pessoa ligava para uma imobiliária e dizia que queria colocar uma casa para ser alugada. Mas fazia um alerta: não queria que fosse para estrangeiros, algo ilegal.

Para a surpresa dos autores do estudo, 72% das imobiliárias aceitaram promover a discriminação contra imigrantes e colocar a condição no próprio anúncio.

Entre as demais, 80% sugeriram uma manobra: não poderiam colocar essa condição no anúncio. Mas prometeram que fariam o filtro ao receber a ligação de eventuais interessados.

Revelador é também o resultado de um estudo elaborado na Espanha pela Associação de Mulheres Cineastas e de Meios Audiovisuais. Em 2022, o levantamento indicou que a maioria dos papeis encarnados por intérpretes imigrantes se refere a pessoas com empregos de baixa qualificação. Putas e empregadas domésticas, entre outras. Quase nunca empresárias, poetas ou cientistas.

O que me chama a atenção é que isso tudo vem ganhando força num momento no qual o movimento de extrema direita contamina o debate com uma declarada vontade de se apresentar como brancos e cristãos. Será que é isso o conceito de "ser europeu"?

Deixe eu lhes contar uma anedota. Aqui do norte da Europa, meu filho, na época com apenas seis anos, questionou um certo dia seu avô espanhol se era ruim ser espanhol. Assustado, o senhor sequer entendeu a pergunta.

Eu decidi seguir a conversa para ver para onde iria.

Sua resposta: "Meus amigos na escola não me deixam brincar com eles, dizendo que eu sou espanhol. Que não sou daqui".

Sim, amigos. A discriminação é insuportável, inadmissível e criminosa.

O passado colonial que enriqueceu a Espanha e uma elite brasileira precisa ser lidado. Não há mais o que esperar. É intolerável.

Há ainda uma enorme carga de hipocrisia no Brasil ao se indignar com a situação de Vini Jr, enquanto a arquitetura de prédios de luxo repete a mentalidade escravocrata ao sempre prever um "quartinho de empregada" sem janela, carteira assinada e nem dignidade. No meu país, o racismo é estrutural e sistêmico. É a grande dívida do estado e da sociedade brasileira.

Nós brasileiros, portanto, não temos lição a dar. Apenas compartilho com vocês alguns dos elementos que, nos últimos 20 anos, começaram a transformar o Brasil.

Abram vocês também o debate: o que ocorre na sociedade, na educação e nas leis para que Vini Jr. seja alvo de tanto racismo?

Por qual motivo houve uma reação de parte da sociedade de recusa em aceitar que o problema era profundo?

Questionem o impacto que aquilo tem num garoto negro, no dia seguinte, no pátio do recreio.

Por qual motivo vocês acham que as repercussões e a indignação foram globais e gerou até uma reação da ONU?

Venho aqui, portanto, propor reflexão, insurreição e ação. Nos tribunais, nas leis, nos estádios e nas escolas.

Enquanto isso, que Vini Jr. continue sambando na cara dos racistas. Brasileiros e espanhóis.

Vamos?

Saudações democráticas,

Jamil

20/05/2019

PENSAR A EDUCAÇÃO EM PAUTA Nº 237

Ano 7 – Nº 237/ sexta-feira, 17 de maio de 2019

CONVITE À LEITURA
O racismo institucional narrado pela história da educação - Marcos Fábio Cardoso de Faria –
O livro População negra, escravismo e educação no Brasil: século XIX e XX é um grito de resistência em um país como o Brasil, que esquece o legado da cultura negra e persiste no apagamento das vidas negras.

EDUCAÇÃO EM DEBATE
Se Bolsonaro soubesse ler - Dalvit Greiner de Paula
O mundo desenvolvido virá buscar nossos cérebros e montará maiores e melhores laboratórios para desenvolver melhor e mais Ciência em seus países.

A estética do atraso - Aleluia Heringer
Pensar um projeto que garanta a segurança do cidadão é de alta complexidade e contempla inúmeras variáveis.

Uma ponte entre os anos sessenta e os dias atuais: desfazendo “avanços civilizatórios” - Ana Costa –
Víamos as primeiras gerações de famílias de classes populares acessarem a universidade pública. “Balbúrdia”, “excesso de democracia”!

Planos de vista - Finalmente, Comissão de Educação monitorará aplicação de Plano Estadual de Educação -Carlos Henrique Tretel
Fingem inexistirem leis que eles mesmos discutiram e aprovaram, as que instituíram os planos municipais, estaduais e nacional de educação.

Ciências socioambientais, ecologia e humanidades: construindo diálogos contemporâneos - Vagner Luciano de Andrade
Promover a reflexão e debate, bem como o enfrentamento é uma alternativa mais viável para transformar realidades e vidas afetadas.

Resistência frente à nova tendência em educação: o que está por trás das “novas” diretrizes do MEC - Tiago Tristão Artero
No contexto brasileiro, uma educação que prevê em seus documentos oficiais a meritocracia e, ao mesmo tempo, insere um abismo entre a educação dos pobres e a educação dos ricos, mostra-se incoerente.
Leia mais.

SEÇÃO ESPECIAL 15 M
#15M - Tsunami da Educação inunda as ruas de Belo Horizonte - Yolanda Assunção
Estudantes, professores, gestores, funcionários e servidores de todos os níveis da educação, pública e privada, ocupam as ruas da capital mineira na Paralisação Geral em Defesa da Educação.

A arma da população é Educação - Dalvit Greiner de Paula
Como amante da Democracia tolerarei o governo de Jair Bolsonaro até o seu último dia (que seja breve!).

Universidade na Praça - Wojciech Andrzej Kulesza
Ali se esperava encontrar com o povo em toda sua diversidade para exibir um pouco do que se faz na universidade.

Tsunami de gentes - Ivane Laurete Perotti –
A boniteza estava lá: em coro e gentileza, fazia-se útil à democracia deste país. Fazia-se útil com sábia alegria e íntegra desenvoltura.

Em defesa da sociedade: a perplexidade deu lugar à indignação e à reação organizada da educação - Luciano Mendes
Mais uma vez @s educadoras/es saíram às ruas para educar as circunstências, para transformar a indignação coletiva em ato político, para injetar ânimo numa população anestesiada pela perplexidade diante da desonestidade e da perversidade do governo da República.

Cruesp conclama comunidade acadêmica a debater problemas da educação e da ciência no dia 15 de maio – CRUESP
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas destaca a importância de a Comunidade Universitária debater os complexos problemas da educação, ciência e tecnologia no Brasil e suas consequências para o desenvolvimento do país.

Qual o impacto político do primeiro grande ato contra Bolsonaro – Nexo
Protestos contra cortes na área da educação ocorreram em todo o país. O ‘Nexo’ ouviu dois cientistas políticos sobre os efeitos práticos dessas mobilizações.
Leia mais.

LIVRE EXPRESSÃO
Cartilha do ódio – laboratório de tristes aprendizagens - Ivane Laurete Perotti
E a cena seria ainda mais trágica não fosse carregar o amargor de um ensaio.

PESQUISA EDUCACIONAL
Interfaces da disciplina como produtora de sujeitos na escola - Dayana Oliveira Arruda, Antônio Carlos do Nascimento Osório - Reflexão e Ação (Unisc)
Redimensionamos a existência de discursos e práticas imbricadas em um aparato institucional-escolar que propõe sob exercícios de proteção, escolarização e guarda, regularizar e disciplinarizar condutas e corpos.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Cortes do MEC nas federais com nome e currículo: conheça vítimas na UFMG – Estado de Minas
Bloqueios anunciados pelo MEC afetam estudos contra câncer, dengue, leishmaniose e outros. No ICB, já falta até proteção contra contágio de funcionários em laboratórios.
Leia mais.

EDUCAÇÃO PELO BRASIL
Com novo decreto, general poderá escolher reitores de universidades federais – FORUM
Decreto assinado por Bolsonaro dá ao ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, a competência de vetar ou aprovar indicações para as reitorias de universidades federais, além de postos de segundo e terceiro escalão, retirando a autonomia universitária
Leia mais.

AMÉRICA LATINA
Por retraso en pago de salarios, docentes de la U. Autónoma van a paro – El Tiempo – Colombia
Profesores, de la sede de Bogotá, solicitan la intervención inmediata del Ministerio de Educación.
Leia mais.

PENSAR INDICA
Pesquisadoras da Fundação Carlos Chagas e da UNESCO publicaram uma nova edição atualizada e revisada do estudo “Professores do Brasil: novos cenários de formação”. Publicado originalmente em 2009, o trabalho que ofereceu um balanço da situação em relação à formação de professores para a educação básica no Brasil com a intenção de mostrar o cenário de desenvolvimento de carreira dos professores, bem como a educação ao longo da vida.

INDICAÇÃO DO LEITOR
Maria Teresa Santos Cunha - Prezadas (os), vimos anunciar que o próximo Simpósio Iberoamericano: História, Educação, Patrimônio-Educativo, no âmbito da RIDPHE, Rede Iberoamericana para a Investigação e a Disfusão do Patrimônio Histórico-Educativo.

CONCEITO DE RAÇA É MENTIRA

Leia o texto completo clicando aqui.

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