Em 1915, Cecil Chubb, um advogado abastado, fez uma compra que parecia saída de um capricho: Stonehenge, adquirido em leilão por £6.600, como presente para sua esposa, Mary. Porém, o que ele considerava um gesto grandioso despertou desapontamento — Mary esperava algo prático, como um conjunto de cadeiras de jantar. Mesmo assim, Chubb manteve o monumento milenar sob sua posse por alguns anos.
Com o tempo, ele compreendeu a verdadeira dimensão do tesouro que possuía. Stonehenge não era apenas pedras antigas; era um testemunho da história e da cultura humanas. Movido pelo desejo de preservá-lo e torná-lo acessível ao público, Chubb tomou uma decisão que mudaria o destino do local para sempre: em 1918, ele doou Stonehenge ao governo britânico.
Mas sua generosidade ia além do simples ato de doar. Chubb estabeleceu regras que garantiriam o acesso de todos: o ingresso jamais deveria ultrapassar uma xelim, e os moradores locais teriam entrada gratuita. Um gesto que buscava criar um vínculo entre a comunidade e aquele monumento ancestral, promovendo respeito, cuidado e admiração coletiva.
Graças à visão e à generosidade de Cecil Chubb, Stonehenge transformou-se em um patrimônio protegido, aberto à curiosidade e ao estudo de gerações futuras. Hoje, continua sendo um dos marcos mais emblemáticos e visitados do mundo, um legado que transcende o tempo, lembrando-nos que a preservação da história é também um presente para a humanidade.
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